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Mário Ferreira vendeu 40% da “holding” de cruzeiros a americanos por 250 milhões

O dono da Douro Azul vendeu ao fundo norte-americano Certares 40% da sua “holding” de cruzeiros, que fica avaliada em 625 milhões de euros, e prevê cotar a empresa na Bolsa de Nova Iorque dentro de cinco anos.

A Douro Azul, que diz não ter salários mínimos na empresa, propõe a redução do IRC como alternativa.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 31 de Maio de 2019 às 09:43

Mário Ferreira, que se tornou um dos "tubarões" mundiais dos cruzeiros fluviais, vendeu 40% da sua "holding" náutica ao fundo norte-americano Certares por 250 milhões de euros, revela a revista Exame. "É dinheiro", reagiu o empresário, sem desmentir o valor avançado pela publicação.

 

Com esta operação, a Mystic Invest Holding fica avaliada em 625 milhões de euros, com Mário Ferreira a avançar que "lá para 2024" quer atracar o seu ramo dos cruzeiros na Bolsa de Nova Iorque. "Daqui a quatro ou cinco anos, a Mystic Invest pode valer em bolsa mais de 2b" [dois mil milhões de euros], afiançou.

 

Entretanto, de acordo com os planos revelados pelo empresário à Exame, dos 250 milhões encaixados, 175 milhões servirão para capital e provisões da Mystic Invest Holding, estão os restantes 75 milhões destinados à empresa-mãe, a Mystic Invest SGPS, que continuará integralmente nas mãos de Ferreira e da sua mulher, Paula.

 

Na "holding" náutica do empresário estão penduradas empresas como a Douro Azul, que opera 16 navios-hotel no rio Douro, o negócio dos navios oceânicos - tem um a entrar em operação e três encomendados, prevendo adjudicar mais seis ­-, e a Nicko, que opera duas dúzias de navios-hotel em 15 rios (como o Reno, Elba, Danúbio, Volga Nilo ou Yangtze) em três continentes.

 

O "business plan" da Mystic Invest Holding prevê alcançar um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 150 milhões de euros em 2022, contra 34 milhões estimados para o final deste ano, e uma faturação de 500 milhões de euros, dos quais 130 milhões oriundos dos Estados Unidos e outro tanto da operação dos cruzeiros oceânicos, enquanto a operação no Douro deverá gerar receitas de 78 milhões de euros.

 

O Certares, com sede em Manhattan, é um dos maiores fundos mundiais de distribuição de viagens turísticas, tem 52 mil agências entre Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França e México, e vendas superiores a 60 mil milhões de dólares (aproximadamente 54 mil milhões de euros) - "só em cruzeiros vendeu três mil milhões de dólares" (2,7 mil milhões d euros), frisou Mário Ferreira.

 

De fora do negócio com o Certares ficaram os restantes negócios do empresário português, como empreendimentos imobiliários no Porto e em Gaia, hotéis, helicópteros e o museu World of Discoveries.

 

O grupo Mystic Invest, que emprega diretamente cerca de 700 pessoas, fechou o último exercício com proveitos operacionais de 127 milhões de euros e um EBITDA de 17,5 milhões de euros.

 

(Notícia atualizada às 10:12)

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