A Madeira quer que os turistas que visitem o arquipélago passem a gastar mais 29 euros por dia. A meta é que os gastos diários em 2020 se fixem nos 142 euros, segundo o Documento Estratégico do Turismo para a Madeira, apresentado na passada sexta-feira, 23 de Janeiro.

Assim, no prazo de cinco anos, a perspectiva é a de que o PIB do sector do turismo na região alcance os 1.975 milhões de euros, comparando com os actuais 1.400 milhões.

De acordo com o documento, e tendo como referência o ano de 2013, o impacto global do sector naquela região autónoma é de aproximadamente 24% no PIB e de 15% do total de emprego da Madeira.

Com as novas metas, prevê-se a criação de mais três mil postos de trabalho em áreas como a hotelaria ou a restauração.

O aumento do número de turistas dos 1,6 milhões para os 2 milhões – integrando a entrada em cruzeiros – deverá ser responsável por taxas de ocupação dos empreendimentos turísticos na ordem dos 68% (face aos 60% actualmente registados).

Para 2020, estão previstas 8,4 milhões de dormidas na Madeira, quando comparado com os 6,4 milhões actuais. A necessidade de investir no parque hoteleiro – que conta com uma média de 20 anos de idade – é um dos pilares inventariados para alcançar este objectivo. A requalificação de algumas estruturas existentes deverão avançar neste intervalo temporal.

A hospitalidade, o clima ameno e a segurança são apontados como pontos fortes para fazer subir o nível de satisfação dos turistas dos 70 para os 85% e reduzir a taxa de sazonalidade (com a maior procura a registar-se entre Julho e Setembro). Para tal, será reforçado o investimento em promoção.

A região está disposta a reforçar a sua oferta no que respeita às actividades de contacto com a natureza e património cultural. Apesar do Funchal funcionar como ponto de impulso para toda a actividade turística, está prevista a dinamização de pólos de atracção turística ao redor da ilha.