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INE confirma quebras "históricas" do turismo em abril

A atividade turística praticamente desapareceu durante o mês de abril, com quebras de 97% no número de hóspedes e dormidas registado pelos estabelecimentos de alojamento.

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José Miguel Gonçalves
Rafaela Burd Relvas rafaelarelvas@negocios.pt 17 de Junho de 2020 às 11:06
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quarta-feira, 17 de junho, o cenário que já tinha sido antecipado com dados provisórios: em abril, a pandemia levou a uma interrupção quase total da atividade turística em Portugal, o que resultou em quebras "históricas" dos indicadores do setor. Nesse mês, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam apenas cerca de 60 mil hóspedes, responsáveis por 175 mil dormidas, números ainda mais baixos do que aqueles que tinham sido estimados.

Ao todo, segundo a informação divulgada pelo INE, o setor contabilizou 60,1 mil hóspedes em abril, abaixo dos 68 mil que tinham sido estimados com os dados provisórios relativos a esse mês. Ao mesmo tempo, foram registadas 175,5 mil dormidas, número que também fica abaixo das 193,8 mil que eram esperadas.

Estes valores representam "diminuições históricas". O número de hóspedes caiu 97,4% face aos 2,3 milhões que tinham sido registados em abril do ano passado, enquanto o número de dormidas recuou 97% em relação às 5,9 milhões contabilizadas em abril de 2019.

Este movimento aconteceu num mês em que vigorava em Portugal o estado de emergência decretado pelo Governo, no contexto da pandemia do coronavírus, e em que mais de 83% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou não registaram qualquer movimento de hóspedes.

Mesmo os hóspedes recebidos durante este mês tiveram um perfil diferente do habitual: o INE dá conta de "hóspedes que ficaram retidos em Portugal sem possibilidade de regressarem ao seu país de residência, ou de pessoas que, por motivos profissionais, tiveram de se deslocar no país e pernoitar fora do seu local de residência".

Assim, a taxa de ocupação líquida por cama disponível foi de apenas 7% em abril, uma queda de 41,4 pontos percentuais face ao mesmo mês do ano passado. Já a estada média aumentou em mais de 13 pontos percentuais, para 2,92 noites.

Feitas as contas, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico ascenderam a 5,7 milhões de euros em abril, menos 98,3% do que em abril de 2019. Já o rendimento médio por cada quarto disponível foi de apenas 4,5 euros, enquanto o rendimento por quarto ocupado totalizou uma média 47,8 euros, uma quebra de 40,7%.

Considerando o acumulado de janeiro a abril deste ano, o turismo nacional registou 3,7 milhões de hóspedes e 9,1 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras de cerca de 45%, em ambos os casos. Já os proveitos totais ascendem, neste período, a 475,9 milhões de euros, menos 48,2% do que em igual período do ano passado.

Notícia atualizada pela última vez às 11h33 com mais informação.
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