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Falência da Thomas Cook pode dar 250 milhões a fundos de investimento

A queda da operadora turística britânica pode render até 250 milhões de dólares a alguns especuladores que apostaram na sua falência, através de derivados que seriam ativados caso a empresa entrasse em insolvência.

EPA
23 de Setembro de 2019 às 14:21
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Nem todos ficaram a perder com a falência da operadora Thomas Cook. Alguns especuladores, como a Sona Asset Management ou a XAIA Investment, poderão ganhar até 250 milhões de dólares com a queda da transportadora aérea.

Isto acontece porque ambos os fundos de investimento apostaram na falência da empresa através de derivados – uma espécie de seguro – que as reembolsaria em caso de dissolução da transportadora aérea.

E assim foi. Hoje, a Thomas Cook abriu o processo de falência depois de não ter conseguido receber novas injeções de liquidez que permitissem a manutenção das operações. Esta falência afetou cerca de 600 mil turistas que estavam fora dos seus países e que agora precisam de ser repatriados. 

A lista de especuladores inclui ainda a New Look and Rallye, uma retalhista britânica, e a francesa Casino Guichard-Perrachon.

Com uma economia europeia em abrandamento e o risco de recessão a pairar sobre algumas das maiores economias do bloco central, muitas empresas estarão em perigo de seguir as pisadas da Thomas Cook. E há muitos especuladores em alerta.

O grupo de possíveis beneficiários reúne-se ainda nesta segunda-feira para debater se o pedido de falência será suficiente para proceder ao pagamento. Neste momento, o pedido de liquidação da Thomas Cook está em avaliação.

A empresa de 178 anos de atividade ia assinar esta semana um pacote de resgate com o seu maior acionista, o grupo chinês Fosun, de 900 milhões de libras (1.023 milhões de euros), mas foi adiado pela exigência dos bancos que o grupo tivesse novas reservas para o inverno.

 

As dificuldades financeiras da empresa acumularam-se no ano passado, mas em agosto foram anunciadas negociações com o grupo chinês Fosun, que detém múltiplos ativos a nível mundial, nos setores de saúde, bem-estar, turismo (como o Clube Med), financeiro e até futebol (o clube inglês Wolverhampton Wanderers, treinado pelo português Nuno Espírito Santo).

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