Notícia
Algarve sofre "impacto enorme" de milhões de euros com falência da Thomas Cook
O turismo algarvio deverá ser afetado pela falência da britânica Thomas Cook tanto pela queda na chegada de turistas como pelas dívidas em atraso.
23 de Setembro de 2019 às 10:31
A britânica Thomas Cook abriu falência esta segunda-feira, 23 de setembro, tendo entrado em liquidação imediata, o que já está a prejudicar turistas que estavam em viagem através de pacotes contratados à operadora turística. Portugal não deverá escapar ao impacto da queda da empresa, principalmente o Algarve.
"O impacto é enorme, enormíssimo", assume Elidérico Viegas, presidente e fundador da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em declarações à TSF. Apesar de não conseguir estimar o impacto financeiro, o responsável considera que será na ordem dos "milhões de euros" no caso do Algarve.
O também fundador e presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) explica que "a Thomas Cook opera em vários países europeus, sobretudo nos principais emissores de turistas para o Algarve; não apenas no Reino Unido, mas também na Alemanha e na Holanda". Era o segundo maior operador turístico a atuar na costa algarvia.
Com a falência, não fica apenas em causa a vinda de turistas através da operadora mas também as dívidas que esta tinha acumulado "ao longo dos últimos meses" junto das empresas do Algarve. O não pagamento dessas dívidas irá "afetar terrivelmente a situação das empresas", alerta Elidérico Viegas.
A falência da Thomas Cook deve-se à falta de acordo para um pacote de resgate por parte da Fosun, o maior acionista. O Governo britânico recusou-se a salvar a empresa uma vez que essa operação iria "requerer muito dinheiro dos contribuintes", argumentou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.
Neste momento há cerca de 150 mil turistas britânicos retidos em férias a aguardar o repatriamento dado que todas as reservas da empresa foram canceladas. A nível mundial serão cerca de 600 mil turistas.
A empresa está cotada na bolsa de Londres mas a negociação das ações está suspensa. Na passada sexta-feira, as ações caíram mais de 20%.
"O impacto é enorme, enormíssimo", assume Elidérico Viegas, presidente e fundador da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em declarações à TSF. Apesar de não conseguir estimar o impacto financeiro, o responsável considera que será na ordem dos "milhões de euros" no caso do Algarve.
Com a falência, não fica apenas em causa a vinda de turistas através da operadora mas também as dívidas que esta tinha acumulado "ao longo dos últimos meses" junto das empresas do Algarve. O não pagamento dessas dívidas irá "afetar terrivelmente a situação das empresas", alerta Elidérico Viegas.
A falência da Thomas Cook deve-se à falta de acordo para um pacote de resgate por parte da Fosun, o maior acionista. O Governo britânico recusou-se a salvar a empresa uma vez que essa operação iria "requerer muito dinheiro dos contribuintes", argumentou o primeiro-ministro britânico Boris Johnson.
Neste momento há cerca de 150 mil turistas britânicos retidos em férias a aguardar o repatriamento dado que todas as reservas da empresa foram canceladas. A nível mundial serão cerca de 600 mil turistas.
A empresa está cotada na bolsa de Londres mas a negociação das ações está suspensa. Na passada sexta-feira, as ações caíram mais de 20%.