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Costa: "Não há turismo a mais e há um enorme potencial de crescimento"

O primeiro-ministro frisou que a ideia de que há turismo é "errada" e que "a resposta não é proibir o turismo", mas sim "diversificar a oferta".

Lusa
12 de Maio de 2018 às 23:25
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O primeiro-ministro considerou, este sábado, em Sintra, que há duas ideias "muito perigosas" sobre turismo, nomeadamente que esta "é uma moda passageira" e que há turistas "a mais", reforçando que o que há é "um enorme potencial de crescimento", avança a Lusa.


"Acho que há duas ideias muito perigosas: uma é a de que há turismo a mais. Não há turismo a mais, o turismo existe e tem ainda um enorme potencial de crescimento. Não é, seguramente, por acaso que nos últimos dois anos abriram 112 novos hotéis e este ano se prevê a abertura de mais 61 novos hotéis", afirmou António Costa na inauguração do novo hotel do Grupo Vila Galé, em Sintra.


A segunda ideia perigosa, segundo o primeiro-ministro, e que "é preciso combater" é a de que "o turismo é uma moda passageira, que estamos hoje a ter benefícios colaterais por problemas alheios".
 

"Esta não é uma ideia verdadeira porque o turismo que mais tem crescido em Portugal não é o turismo alternativo às praias que deixaram de ser utilizadas no Médio Oriente. O que mais tem crescido tem sido o turismo de cidade, o turismo de natureza, que não é beneficiário da insegurança no resto do mundo. Tem crescido, mas por mérito próprio", reforçou o primeiro-ministro perante uma plateia repleta de várias personalidades ligadas ao sector.
 

António Costa enalteceu "a enorme capacidade" que o país tem para "diversificar a oferta", estratégia que, em seu entender, sustenta a ideia de "enorme potencial" que o país tem em termos turísticos.
 

"E este desafio [de diversificar a oferta], é um desafio que temos que ganhar porque temos que vencer a imagem - que ainda muitas vezes existe - de que somos um país de sol e mar, pois hoje temos que ter um país que tem uma oferta de 365 dias por ano (...)".
 

António Costa falou ainda nas inúmeras possibilidades de diversificação de oferta turística que Portugal tem, como seja o turismo urbano, o sol e mar, o turismo rural, natureza, congressos, eventos e também de saúde.
 

"Tal como neste hotel, temos que atrair um tipo de clientela que procure o nosso país para poder beneficiar da qualidade do nosso serviço de saúde", afirmou o primeiro-ministro.
 

Em termos do território, António Costa lembrou que Portugal, para além da oferta do continente, tem duas regiões autónomas, de "qualidade extraordinária". 

"Uma já mais conhecida, há mais anos, como grande destino turístico, que é a Madeira", mas "a outra, uma preciosidade que está por descobrir, até para muitos portugueses, que terão maior dificuldade em descobrir se não houver investimento naquelas nove ilhas, porque, de facto, a excelência dos Açores é de uma enorme oportunidade", disse aos hoteleiros presentes.
 

"Creio, por isso, que a ideia de que há turismo a mais é uma ideia errada. A resposta não é proibir o turismo. É diversificar a oferta. É mesmo necessário continuar a investir no Turismo", disse ainda.
 

Já a propósito da abertura do Vila Galé Sintra, o primeiro-ministro elogiou os investimentos feitos pelos hoteleiros portugueses.
 

"O serviço hoje em Portugal é muito bom. Isso resulta de uma parceria muito grande que tem sido feita, do investimento na formação e na qualidade dos nossos empresários. Há pouco, disse à senhora secretária de Estado do Turismo que é preciso incitar os nossos empresários não só a continuarem a investir no país, mas também fora do país, porque a excelência da qualidade da oferta turística portuguesa é, seguramente, um dos bons produtos de exportação que nós temos. Tenho a certeza de que os nossos empresários vão ter capacidade de o continuar a fazer", sublinhou.
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