Notícia
Investimento em Portugal atinge máximo de 2011, mas ainda está na cauda da Europa
O nível de investimento privado e público atingiu um máximo de seis anos em 2017. Apesar disso, Portugal continua na cauda da Europa neste indicador. Só a Grécia está pior.
O peso do investimento na economia portuguesa é o segundo mais baixo da União Europeia, segundo os dados do Eurostat revelados esta segunda-feira. Apesar de ter aumentado o seu peso, o investimento público e privado em Portugal continua significativamente abaixo dos níveis médios da Zona Euro. Ainda assim, o nível de investimento no país não foi o que mais sofreu durante a crise.
Desde o início da crise que o investimento tem sido o calcanhar de Aquiles da economia portuguesa. O seu peso face ao PIB tem vindo a diminuir desde 2008, com poucas e tímidas excepções. Essa evolução negativa levou Portugal à cauda da Europa, lugar que mantém em 2017, mesmo num ano em que registou a maior subida do investimento desde 1998.
No ano passado, o investimento público e privado correspondeu a 16,2% do PIB português, mais 0,9 pontos percentuais do que em 2016. Este é o nível mais elevado desde 2011 (18,4%). Isto aconteceu porque, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o investimento (+8,4%) aumentou a um ritmo superior do que o PIB (+2,7%) no total do ano.
Além de ter sido o maior crescimento económico desde 2000, 2017 também protagonizou o maior crescimento do investimento desde 1998. No total foram investidos 31,1 mil milhões de euros na economia portuguesa, mais 2,9 mil milhões do que em 2016. Grande parte desse investimento é privado (27,7 mil milhões), sendo que apenas 3,4 mil milhões de euros são investimento público.
No ranking europeu, apenas os gregos ficam atrás dos portugueses. Na Grécia o investimento público e privado representou 12,9% do PIB em 2017. Na frente ficou a República Checa onde o investimento correspondeu a 25,2% do PIB. Na Irlanda o rácio foi de 23,4%.
Apenas Suécia, Alemanha e Áustria aumentaram o rácio de investimento
Os Estados-membros da União Europeia registaram, no total, um investimento de 3,1 biliões de euros. Metade desse valor corresponde a construção, seguida de equipamentos e máquinas (31%) e da propriedade intelectual (19%). Face à totalidade do capital investido, a propriedade intelectual foi a que mais aumentou.
Em média, o investimento correspondeu a 20,1% do PIB europeu, um valor inferior (22,4%) ao que se registava há dez anos, antes da crise económica e financeira. Na Zona Euro a queda foi ainda mais expressiva: passou de 23,2% em 2007 para 20,5% em 2017.
Esta redução resulta da diminuição do peso do investimento no PIB em 24 dos 28 Estados-membros nos últimos dez anos. Apenas a Suécia, a Alemanha, a Áustria e a Bélgica escaparam às quedas. O peso do investimento na economia sueca chegou mesmo a aumentar um ponto percentual durante a crise.
Apesar de estar na cauda da Europa, Portugal não figura na lista de países que viram o seu nível de investimento diminuir abruptamente. Nos últimos dois anos, as quedas foram mais expressivas na Letónia (-16,5 pontos percentuais), na Grécia (-13,4 p.p.) e na Estónia (-12,9 p.p.).
Desde o início da crise que o investimento tem sido o calcanhar de Aquiles da economia portuguesa. O seu peso face ao PIB tem vindo a diminuir desde 2008, com poucas e tímidas excepções. Essa evolução negativa levou Portugal à cauda da Europa, lugar que mantém em 2017, mesmo num ano em que registou a maior subida do investimento desde 1998.
No ano passado, o investimento público e privado correspondeu a 16,2% do PIB português, mais 0,9 pontos percentuais do que em 2016. Este é o nível mais elevado desde 2011 (18,4%). Isto aconteceu porque, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o investimento (+8,4%) aumentou a um ritmo superior do que o PIB (+2,7%) no total do ano.
Além de ter sido o maior crescimento económico desde 2000, 2017 também protagonizou o maior crescimento do investimento desde 1998. No total foram investidos 31,1 mil milhões de euros na economia portuguesa, mais 2,9 mil milhões do que em 2016. Grande parte desse investimento é privado (27,7 mil milhões), sendo que apenas 3,4 mil milhões de euros são investimento público.
No ranking europeu, apenas os gregos ficam atrás dos portugueses. Na Grécia o investimento público e privado representou 12,9% do PIB em 2017. Na frente ficou a República Checa onde o investimento correspondeu a 25,2% do PIB. Na Irlanda o rácio foi de 23,4%.
Os Estados-membros da União Europeia registaram, no total, um investimento de 3,1 biliões de euros. Metade desse valor corresponde a construção, seguida de equipamentos e máquinas (31%) e da propriedade intelectual (19%). Face à totalidade do capital investido, a propriedade intelectual foi a que mais aumentou.
Em média, o investimento correspondeu a 20,1% do PIB europeu, um valor inferior (22,4%) ao que se registava há dez anos, antes da crise económica e financeira. Na Zona Euro a queda foi ainda mais expressiva: passou de 23,2% em 2007 para 20,5% em 2017.
Esta redução resulta da diminuição do peso do investimento no PIB em 24 dos 28 Estados-membros nos últimos dez anos. Apenas a Suécia, a Alemanha, a Áustria e a Bélgica escaparam às quedas. O peso do investimento na economia sueca chegou mesmo a aumentar um ponto percentual durante a crise.
Apesar de estar na cauda da Europa, Portugal não figura na lista de países que viram o seu nível de investimento diminuir abruptamente. Nos últimos dois anos, as quedas foram mais expressivas na Letónia (-16,5 pontos percentuais), na Grécia (-13,4 p.p.) e na Estónia (-12,9 p.p.).