Notícia
PIB per capita português cresceu acima da média da Zona Euro
O Banco de Portugal fez as contas e concluiu que o crescimento do PIB fraccionado por cada português foi superior à média da Zona Euro. Porém, a economia continua abaixo do nível de 2008.
O PIB dividido por cada português expandiu acima da média dos países da moeda única. Isto traduz-se numa "convergência real da economia portuguesa com o conjunto dos países da Zona Euro", destaca o Banco de Portugal no Boletim Económico de Maio divulgado esta quinta-feira, 10 de Maio. Contudo, a economia continua 1,3% abaixo do nível pré-crise.
A economia portuguesa cresceu 2,7% no ano passado, o maior crescimento desde o ano de 2000. Além disso, ficou acima da subida de 2,5% do PIB na Zona Euro. Ou seja, Portugal cresceu acima dos seus parceiros europeus. O mesmo aconteceu quando se olha para o PIB per capita, medido em paridades de poder de compra.
Desde 2014 que isso acontece: "O PIB per capita aumentou 2,9% em Portugal e 2,2% na área do euro, indiciando uma convergência real da economia portuguesa com o conjunto dos países do euro", afirma o Banco de Portugal no documento em que analisa a evolução da economia portuguesa no ano passado. Contudo, este aumento mais expressivo do PIB per capita pode ser parcialmente explicado pela diminuição da população em Portugal.
Esta convergência acontece também por causa do elevado nível de sincronização cíclica entre Portugal e a Zona Euro, sinal da grande exposição da economia portuguesa ao exterior. Depois de, entre 2011 e 2013, a economia ter contraído mais em Portugal do que no conjunto dos países da Zona Euro, o cenário inverteu-se, passando Portugal a conseguir acrescentar mais PIB por cada habitante a partir de 2014.
Contudo, o maior crescimento em 17 anos não bastou para recuperar todo o PIB destruído durante a crise. De acordo com os cálculos do Banco de Portugal, "apesar da recuperação registada desde 2013, no final do ano a actividade económica em Portugal permanecia ainda 1,3% abaixo do nível observado em 2008, no início da crise financeira internacional".
Para o próximo ano a expectativa é que Portugal cresça ao mesmo ritmo que a Zona Euro e a União Europeia. Mas vai haver um abrandamento, uma tendência que foi notada na segunda metade do ano passado. Se se confirmarem as Previsões de Primavera da Comissão Europeia, o crescimento económico em 2019 será de 2,3%, o mesmo número previsto pelo Governo.
Exportações, investimento e mercado de trabalho foram as estrelas
Os três protagonistas do crescimento económico de Portugal em 2017 foram as exportações, o investimento e o mercado de trabalho. Em cada um deles, o Banco de Portugal analisou os dados a fundo para perceber melhor que dinâmicas marcaram a sua evolução.
A economia portuguesa cresceu 2,7% no ano passado, o maior crescimento desde o ano de 2000. Além disso, ficou acima da subida de 2,5% do PIB na Zona Euro. Ou seja, Portugal cresceu acima dos seus parceiros europeus. O mesmo aconteceu quando se olha para o PIB per capita, medido em paridades de poder de compra.
Esta convergência acontece também por causa do elevado nível de sincronização cíclica entre Portugal e a Zona Euro, sinal da grande exposição da economia portuguesa ao exterior. Depois de, entre 2011 e 2013, a economia ter contraído mais em Portugal do que no conjunto dos países da Zona Euro, o cenário inverteu-se, passando Portugal a conseguir acrescentar mais PIB por cada habitante a partir de 2014.
Contudo, o maior crescimento em 17 anos não bastou para recuperar todo o PIB destruído durante a crise. De acordo com os cálculos do Banco de Portugal, "apesar da recuperação registada desde 2013, no final do ano a actividade económica em Portugal permanecia ainda 1,3% abaixo do nível observado em 2008, no início da crise financeira internacional".
Para o próximo ano a expectativa é que Portugal cresça ao mesmo ritmo que a Zona Euro e a União Europeia. Mas vai haver um abrandamento, uma tendência que foi notada na segunda metade do ano passado. Se se confirmarem as Previsões de Primavera da Comissão Europeia, o crescimento económico em 2019 será de 2,3%, o mesmo número previsto pelo Governo.
Exportações, investimento e mercado de trabalho foram as estrelas
Os três protagonistas do crescimento económico de Portugal em 2017 foram as exportações, o investimento e o mercado de trabalho. Em cada um deles, o Banco de Portugal analisou os dados a fundo para perceber melhor que dinâmicas marcaram a sua evolução.
No caso das exportações, que foram o grande motor da economia portuguesa em 2017, o destaque vai normalmente para o turismo. No entanto, o Boletim Económico de Maio refere que a subida das exportações de bens deu o maior contributo ao desempenho das exportações. Isto porque, em termos brutos, as exportações de bens pesam cerca de dois terços das exportações portuguesas.
Já a evolução do investimento foi forte em todos os sectores institucionais com destaque para o empresarial. Depois de atingir um mínimo histórico em 2016, o investimento público recuperou mas ainda está muito aquém dos valores pré-crise. Analisando o investimento por componente, sem incluir o sector da construção, o Banco de Portugal conclui que os níveis de investimento estão muito perto de alcançar os números registados em 2008.
O mercado de trabalho foi a surpresa de 2017 com uma criação de emprego superior à subida do PIB. A análise do Banco de Portugal revela, entre todos os factores, o que mais se destaca é a diminuição significativa da destruição de emprego. Além disso, a população activa aumentou, principalmente devido à entrada de pessoas entre os 55 e os 64 anos, e o desemprego de muito longa duração registou uma "queda substancial".
Já a evolução do investimento foi forte em todos os sectores institucionais com destaque para o empresarial. Depois de atingir um mínimo histórico em 2016, o investimento público recuperou mas ainda está muito aquém dos valores pré-crise. Analisando o investimento por componente, sem incluir o sector da construção, o Banco de Portugal conclui que os níveis de investimento estão muito perto de alcançar os números registados em 2008.
O mercado de trabalho foi a surpresa de 2017 com uma criação de emprego superior à subida do PIB. A análise do Banco de Portugal revela, entre todos os factores, o que mais se destaca é a diminuição significativa da destruição de emprego. Além disso, a população activa aumentou, principalmente devido à entrada de pessoas entre os 55 e os 64 anos, e o desemprego de muito longa duração registou uma "queda substancial".