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Chineses da Fidelidade entram na casa de moda Lanvin
A Fosun deverá pagar cerca de 100 milhões de euros pela histórica casa de moda francesa. Os chineses afastaram o fundo árabe dono da marca Valentino, que também estava interessado.
Os chineses da Fosun preparam-se para comprar uma participação maioritária na Lanvin, reconhecida casa de moda francesa.
Segundo a agência Reuters, o negócio chega numa altura em que as sucessivas quebras nas vendas estão a ditar problemas nas contas da Lanvin.
Para a Fosun – dona em Portugal da seguradora Fidelidade e da Luz Saúde – não é uma estreia no negócio da moda de luxo: são já donos da Caruso, marca italiana de vestuário masculino.
Neste negócio da Lanvin, os chineses tiveram de enfrentar o interesse do fundo Mayhoola, oriundo do Qatar, que é dono da italiana Valentino.
Fundada em 1889, a Lanvin tem enfrentado dias difíceis desde a saída, em 2015, do "designer" israelita Alber Elbaz, responsável pelo seu reposicionamento no mercado.
A empresa controlada pela magnata de media Shaw-Lan Wang, com uma posição de 75%, chegou a anunciar um aumento de capital mas acabou por seguir outra via.
De acordo com a Fashion Network, citando fonte próxima da operação, a Fosun pagará mais de 100 milhões de euros pela Lanvin. Wang manterá uma participação minoritária.
A Reuters escreve que a Lanvin registou perdas de 18,3 milhões de euros em 2016 e que se espera um agravamento para 27 milhões no ano passado, com a tendência de quebra nas vendas.