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CEO do grupo Pestana: "Recuperar níveis de fevereiro demorará 18 a 24 meses"

O grupo Pestana vai reabrir em junho 10 unidades em Portugal, entre as quais seis pousadas, depois de ter encerrado toda a sua atividade devido ao novo coronavírus. José Theotónio adianta que se o teste correr bem em julho serão abertos hotéis com outras características.

15 de Maio de 2020 às 13:45
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O grupo Pestana está a preparar-se para abrir em junho 10 unidades hoteleiras em Portugal – seis pousadas e quatro hotéis -, adiantou esta sexta-feira na teleconferência organizada pela Nova SBE sobre "Turismo: A reinvenção de um setor" José Theotónio , CEO do grupo.

"Vamos testar o mercado nacional. Estamos convencidos que teste funcionará bem", afirmou o responsável, que estima que a "retoma vá ser muito gradual" e que "para recuperar os níveis de fevereiro não será menos de 18 a 24 meses".


O CEO do grupo Pestana lembrou que depois de fevereiro ter sido "o melhor mês de sempre", devido à pandemia da covid-19 o grupo fechou a 16 de março a primeira unidade e a 31 desse mês tinha fechado todas em Portugal. Seguiu-se em abril o encerramento nos EUA e em maio das unidades no Brasil e em África. O que levou, disse, a uma situação de "receita zero" e a uma "gestão diária".


José Theotónio apontou que a primeira preocupação do grupo foi proteger o rendimento dos colaboradores, usando apoios do Estado mas também adiantando rendimentos que tinha, a que se seguiu a preocupação com clientes e fornecedores.


Agora, disse, "estamos a ver um bocadinho a luz ao fundo do túnel". "Estamos a preparar-nos para em junho começar a abrir unidades hoteleiras em Portugal, vamos abrir 10 unidades. Estamos convencidos que o teste funcionará bem", afirmou, lembrando as restrições que existem mas sem as quais "não haverá turismo". "Não vamos transformar hotéis, piscinas e praias em sítios interditos nem em hospitais", frisou. Em julho, apontou ainda, "se a coisa funcionar já abriremos hotéis com outras características".


O turismo interno representa para o grupo, mesmo no verão, cerca 30% da atividade, considerando José Theotónio que a retoma da atividade vai depender dos mercados internacionais.

"Sem transporte aéreo não há turismo em Portugal", frisou ainda, considerando "muito importante que as regras que vierem a ser estabelecidas, quer para aeroportos quer para companhias aviação, sejam europeias". É que "o que vai haver a seguir é uma grande concorrência de destinos", sendo que se cada região fizer as suas regras, alertou, criará a  "confusão generalizada" e prejudicará a retoma.

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