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Carlos Moedas: “É urgente um novo aeroporto para Lisboa”

O presidente da Câmara de Lisboa defendeu, na Cimeira do Turismo Português, que sem esta nova infraestrutura “não há futuro” na capital num setor onde pediu também mais sustentabilidade e inovação.

27 de Setembro de 2022 às 10:58
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Mais sustentabilidade, mais inovação, sem perder o cariz humano e de contacto que é a essência do turismo; e sobretudo, um novo aeroporto para Lisboa, com prioridade "urgente", a ser definido no máximo em 2023 e sem o qual não há um futuro de crescimento para o setor. São estas as linhas defendidas pelo presidente da Câmara de Lisboa e os pedidos do autarca ao governo, na VI Cimeira do Turismo Português.

A falar na cerimónia de abertura da cimeira que está a acontecer esta terça-feira, Dia Mundial do Turismo, na Fundação Champalimaud, Carlos Moedas começou por destacar o "trabalho extraordinário" que a Confederação do Turismo de Portugal tem feito e por agradecer aos empresários do turismo da capital: "muito obrigado por aquilo que fazem por Lisboa todos os dias, muito obrigado ao turismo em Lisboa, ao vosso trabalho; porque o turismo não é só essencial para Lisboa, é crucial" frisou, lembrando que o setor corresponde a 20% do PIB e 15% do emprego da cidade e reiterando: "precisamos do turismo, precisamos do vosso trabalho e entusiasmo".

Moedas reiterou a "enorme prova de resiliência" dos empresários lisboetas nos últimos anos, que está a dar frutos; mesmo em ano de conflito na Europa, até julho Lisboa viveu "um mês recorde, histórico, com mais dormidas mais hóspedes do que há três anos", o que demonstra "a capacidade dos empresários portugueses", ainda que agora novamente testada com o aumento do custo de vida e dificuldades nas cadeias de produção e transportes e falta de mão de obra em quase 50 mil pessoas.

Apontando ao crescimento, o autarca de Lisboa deixou no entanto um aviso ao Governo: "é urgente um novo aeroporto para Lisboa" e sem esse aeroporto ser uma realidade na cidade "não temos futuro, todas as discussões que podemos ter aqui não existem", frisou. Mostrando-se "feliz" com o consenso do primeiro-ministro e líder da oposição, manifestando o seu apoio sempre "do lado da solução" Moedas salientou dois critérios para o aeroporto: que a solução seja "rápida, precisamos de uma decisão em 2023; façam-se os estudos necessários mas tenha-se a decisão, não podemos esperar mais tempo", destacou por um lado.

O segundo ponto, é que "um aeroporto Internacional de Lisboa tem de estar em proximidade da cidade: não estou a medir quilómetros mas proximidade, que é importante", salientou.

Além do desafio do aeroporto, Moedas referiu outros desafios no setor do turismo da cidade: um essencial o da inovação, o de "pensar o que será este novo mundo do turismo", sabendo que vai ser com muito de digital e transformação mas onde "a parte física é essencial" e destacando mais empreendedorismo em ofertas como táxis náuticos, mais ligação e envolvimento com a cultura e artes. Além disso, para que o turismo não seja uma moda, para que "Portugal não seja parte de um ciclo mas se torne um destino a longo prazo, um destino de qualidade" o turismo só pode crescer se ele for "também para os lisboetas, que os lisboetas sintam que é também para eles", frisou Moedas.

Nesta nota, tem também de ser um setor cada vez mais sustentável, disse o autarca: "Portugal tem de ser o destino ecológico por excelência, responsável por natureza", reiterando que Lisboa quer dar o exemplo com a criação de centrais fotovoltaicas, o plano de mudar as iluminárias da cidade para lâmpadas Led, que permitirão poupar 80% da fatura, e o projeto já em curso regar a zona ajardinada do Parque das Nações com água reutilizada.

Neste campo e a par com isto, impera resolver alguns problemas, admitiu. O turismo é um setor "que ainda tem uma pegada significativa", disse: "sabemos bem que ainda temos poluição no terminal de cruzeiros e temos de mudar isso, que ainda temos ruído" como o dos aviões e também "temos de mudar isso", finalizou.
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