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Bruxelas diz que clientes estão a ganhar com alterações no alojamento online

A eliminação de cláusulas em alguns contratos estabelecidos entre os motores de busca de alojamento e as entidades gestoras dos empreendimentos está a beneficiar os clientes finais e a concorrência, conclui um relatório conhecido esta quinta-feira.

16º Expedia
06 de Abril de 2017 às 16:57
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As alterações introduzidas nos contratos entre sites como o Expedia ou o Booking.com e os hotéis terão contribuído nos últimos anos para, na generalidade, melhorar a concorrência entre estas plataformas electrónicas de marcação de viagens e aumentar a oferta aos clientes.

De acordo com um relatório da Comissão Europeia e de dez autoridades nacionais de Concorrência (Bélgica, República Checa, França, Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Holanda, Suécia e Reino Unido), conhecido esta quinta-feira, 6 de Abril, na base destas alterações esteve, entre outros, a remoção em alguns mercados de cláusulas limitativas nos contratos feitos entre as plataformas e os hotéis.

Essas disposições estreitavam a formação de preços nas unidades hoteleiras (obrigando-as a proporcionar o mais baixo preço possível face à concorrência) e condicionavam a disponibilidade da oferta consoante o canal de comercialização, obrigando a que o preço nas plataformas fosse inferior ao praticado pelos hotéis nos seus próprios canais comerciais electrónicos.

As conclusões resultam de questionários enviados a uma amostra de 16 mil hotéis nos dez Estados-membros a 20 agentes de viagem online e cerca de duas dezenas de cadeias hoteleiras. O relatório analisou os preços e a disponibilidade dos quartos entre Janeiro de 2013 e Junho de 2016.

Segundo os resultados do inquérito, alguns hotéis tiraram partido das alterações contratuais para oferecerem preços diferentes, mas a maior parte das empresas disse não ter introduzido mudanças nos preços. Cerca de metade dos hotéis disse mesmo desconhecer as alterações produzidas nos contratos.

Bruxelas espera que as alterações introduzidas nos últimos anos – começaram a ser implementadas pela Expedia e Booking em meados de 2015 - possam continuar a contribuir para que os hotéis ofereçam preços diferentes e aumentem a concorrência entre os sites, atraindo novas plataformas electrónicas para este negócio. A finalidade é aumentar a opção de escolha dos consumidores, reduzindo também os preços a pagar pelos clientes.

As autoridades europeias vão continuar a acompanhar as condições de concorrência no negócio de reservas hoteleiras online e voltará a avaliar as evoluções entretanto registadas. "Isto permitirá ao sector ganhar tempo para fazer total utilização das medidas que já foram tomadas," lê-se no comunicado.

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