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Ataques de Bruxelas não afectam "city breaks" em Portugal
Em plena semana de Páscoa, o sector do turismo diz não notar mudanças de dinâmicas devido aos ataques em Bruxelas. Os cancelamentos não são uma realidade.
Os ataques terroristas em Bruxelas, ocorridos em plena semana de Páscoa, não deverão afectar o mercado de "city breaks" português. A crença é dos agentes do sector, tanto agências de viagens como hoteleiros.
"As viagens estão marcadas. Não temos nenhuma notícia de cancelamentos", diz ao Negócios Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens (APAVT). O responsável adianta ainda que os números são superiores ao registado no mesmo período do ano passado.
No sentido inverso, Costa Ferreira já tinha explicado que a haver uma redução na procura pela capital belga, seria apenas a curto-prazo. Com o passar do tempo, a suspeita imediata quanto ao destino tende a dissipar-se.
Também os hoteleiros reforçam o cenário para esta Páscoa. "Não nos parece que tenhamos efeitos imediatos", diz ao Negócios Luís Veiga. O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) esteve reunido com agentes do sector, que lhe deram indicação de que "não havia nota de cancelamentos" devido às explosões em Bruxelas.
Luís Veiga recorda que o peso dos turistas belgas em Portugal é pouco representativo. O país entrou no "top" 10 em 2015, mas representa ainda um décimo do maior mercado emissor, o Reino Unido.
Ao Negócios, o responsável da AHP acrescenta ainda que o papel de Bruxelas como "hub" [plataforma giratória] aéreo "não é significativo" para afectar o tráfego de transferência. O aeroporto de Zaventem, onde ocorreu um dos ataques, encontra-se fechado por motivos de segurança.
As três explosões na capital belga aconteceram esta terça-feira, 22 de Março, no aeroporto de Zaventem e no metro. O Estado Islâmico reivindicou os ataques, que provocaram mais de 30 mortos e 200 feridos.