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António Trindade: "A economia colaborativa cresce e ninguém quase fala dela"

O presidente dos hotéis Porto Bay fez referência à Airbnb e à forma se tem dado o crescimento dos anúncios de alojamento local nesta plataforma. Na mesma sessão onde a Madeira defendeu o seu objectivo de defender a "autenticidade" do destino.

10 de Dezembro de 2016 às 19:18
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O presidente do grupo hoteleiro Porto Bay, António Trindade, defendeu este sábado, 10 de Dezembro, que a economia colaborativa no ramo do turismo está "a crescer" sem se notar o seu verdadeiro impacto.


"Esta economia colaborativa surge sem nós sentirmos", afirmou durante o 42º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) em Aveiro. O responsável deu o exemplo da Airbnb, plataforma que permite a divulgação de alojamento local.


António Trindade especificou que a Madeira, região onde surgiu a sua cadeia hoteleira, tem já quase cinco mil camas na modalidade de alojamento local "e ninguém quase fala dela".


Para o fundador dos hotéis Porto Bay, a definição da oferta tem de ser entendida e organizada à escala regional, de modo a responder melhor às exigências da procura.


António Trindade referiu ainda que o problema das acessibilidades "ouve-se nas regiões de um país de forma completamente diferente". No caso da Lisboa, a lotação do aeroporto Humberto Delgado é uma preocupação. Com capacidade para 34 milhões de passageiros, recebe já 23 milhões.


"Há quantos anos andamos a discutir esta questão", lamentou, lembrando as exigências da Força Aérea para a instalação de um terminal adicional no Montijo, destino a companhias "low cost" [de baixo custo] e conhecido como Portela+1.


Madeira e a "autenticidade" do destino


"Temos de nos afirmar pela autenticidade do destino", posicionou Eduardo Jesus, secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, sobre a sua região.


Na sessão dedicada a "Portugal: Opções estratégicas e factores de competitividade", o político madeirense lembrou que a Madeira dispõe de oito milhões para a promoção do destino, focada em três pilares: montanha, mar e cultura.


"Não podemos artificializar de alguma maneira este destino", reforçou. A Madeira, classificada como destino preferido da APAVT, recebe cerca de um milhão de turistas por ano. Eduardo Jesus informou que o arquipélago não vai aumentar o número de camas porque "a prioridade está na requalificação da oferta" já existente, rumo à subida da qualidade e preços.


A Madeira é servida por cerca de 40 companhias aéreas, com 400 voos semanais para 17 países.

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