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Porto Bay aumenta receitas para 82 milhões de euros

Balanço de 2018 revela uma melhoria de 3% face ao ano anterior mas acaba por ser prejudicado, em mais de um milhão de euros, pela desvalorização do real.

Miguel Baltazar
03 de Abril de 2019 às 15:40
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O grupo hoteleiro Porto Bay fechou o ano de 2018 com receitas de 82 milhões de euros, um aumento de 3% face ao ano anterior. Os resultados foram apresentados esta quarta-feira, 3 de abril, num encontro com jornalistas.

Os nove hotéis que o grupo tinha em funcionamento no ano passado renderam quase 72 milhões de euros, apoiados no desempenho dos hotéis de Lisboa e da Madeira.


Segundo António Trindade, presidente do grupo Porto Bay, o negócio enfrenta agora um novo "ciclo", com modelos de organização mais próximos dos clientes finais no que diz respeito às vendas.


Depois da abertura recente do Hotel Teatro no Porto, o grupo tem dez unidades a funcionar em Portugal: seis na Madeira, uma no Algarve, duas em Lisboa e agora uma no Porto. O número deverá subir para 12 no final do verão, com outras duas inaugurações previstas no Porto e na Madeira.


Durante o ano passado, o grupo com origens madeirenses investiu ainda quatro milhões de euros na renovação de hotéis já existentes. "Temos vindo a fazer essas reformulações quase anualmente", assegurou António Trindade.

 

Brasil prejudica contas

A prejudicar o resultado global do grupo, em cerca de um milhão de euros, esteve a desvalorização do real, uma vez que o grupo possui três unidades no Brasil. Sem essa desvalorização, o encaixe teria sido de 83,2 milhões de euros.


António Trindade alerta, contudo, que essa desvalorização do real acabou por ser compensada na estrutura de custos. Depois de anos difíceis para o negócio em território brasileiro, o hoteleiro traça perspetivas de crescimento. "Conseguimos superar algum ambiente que advinha não da instabilidade política mas do estado pós-mundial de futebol", com vários concorrentes a baixar preços para níveis extremos, afirmou.


Um dos fatores a contribuir para este otimismo está num possível aumento dos turistas norte-americanos, depois dos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump terem anunciado a intenção de suspender a necessidade de vistos para a entrada no Brasil. "Deverá, necessariamente, criar um aumento da procura americana", considerou António Trindade.

Brexit preocupa

Com uma forte presença na Madeira, onde os turistas britânicos são a principal nacionalidade, o grupo Porto Bay olha para a saída do Reino Unido da União Europeia com "atenção", mas teme efeitos apenas no longo prazo.


Para António Trindade, uma das preocupações está no "jogo" que países fora da União Europeia poderão fazer a nível cambial para conseguir captar mais turistas britânicos depois do Brexit. "O grande receio que se pode colocar é mesmo da própria economia inglesa", afirmou.


Os acordos de aviação são outro dos fatores a ter em conta, o que poderá limitar as atuais operações das companhias aéreas, avisou.

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