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Alojamento ainda fatura menos 70% do que em 2019

No primeiro semestre de 2021, os números de hóspedes e de dormidas registados em Portugal caíram 17% e 21%, respetivamente, em relação a igual período do ano passado.

O Algarve será a região mais afetada pela decisão do governo britânico.
Luís Forra/Lusa
13 de Agosto de 2021 às 11:11
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A atividade turística tem recuperado nos últimos meses, mas os principais indicadores ainda ficam muito aquém dos valores que eram registados em 2019, antes da pandemia e o último ano de recordes para o setor. No primeiro semestre deste ano, os estabelecimentos de alojamento turístico faturaram pouco mais de 463 milhões de euros, valor que fica mais de 74% abaixo dos números de 2019.

Os dados foram divulgados esta sexta-feira, 13 de agosto, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que vem confirmar os valores preliminares que tinham sido divulgados no final do mês passado. No acumulado de janeiro a junho deste ano, mostram os dados do INE, o turismo nacional recebeu 3,58 milhões de hóspedes, que foram responsáveis por 8,17 milhões de dormidas, números que correspondem a quebras de 17% e 21%, respetivamente, face a igual período do ano passado.

Para esta recuperação continuam a contribuir apenas os turistas nacionais, que já apresentam um crescimento no conjunto dos seis primeiros meses do ano. Entre janeiro e junho, os estabelecimentos de alojamento contabilizaram 2,6 milhões de hóspedes residentes em Portugal, que foram responsáveis por cerca de 5 milhões de dormidas, números que correspondem a aumentos de 13% e 23,7%, respetivamente. Já os 966,4 mil hóspedes residentes no estrangeiros registados neste período foram responsáveis pouco mais de 3 milhões de dormidas, valores que equivalem a quebras superiores a 50% em ambos os casos.

A novidade diz respeito às receitas arrecadadas pelo setor, que recuperam, sobretudo, graças à subida dos preços. No primeiro semestre deste ano, o rendimento médio por quarto ocupado fixou-se em 72,7 euros por noite, uma subida de 10% face ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, o rendimento médio por quarto disponível foi de 16,1 euros por noite, abaixo dos 19,2 euros registados no ano passado.

Feitas as contas, no primeiro semestre deste ano, os estabelecimentos de alojamento turístico obtiveram proveitos totais de 463 milhões de euros, valor que já só representa uma queda de 13% face ao mesmo período de 2020. Ainda assim, em relação a 2019, a queda é de 74%.

Alentejo e Açores crescem

Na análise por região, o Alentejo e os Açores destacam-se do resto do país, por serem as únicas que apresentam um crescimento das dormidas no primeiro semestre, em relação ao ano passado.

Entre janeiro e junho deste ano, a região dos Açores registou 341,5 mil dormidas, uma subida de 28% face a igual período de 2021. Já no Alentejo contabilizam-se cerca de 665 mil dormidas, um aumento de 15% em relação ao ano passado.

A região Centro também está no caminho da recuperação. Nos primeiros seis meses do ano, os estabelecimentos turísticos desta região contabilizaram 1,13 milhões de dormidas, uma queda de apenas 1% face a 2020.

Em sentido contrário, Lisboa e Madeira mantêm-se como as regiões mais afetadas pela pandemia. No primeiro semestre, as dormidas na Área Metropolitana de Lisboa totalizaram 1,68 milhões, menos 43% do que há um ano. Na Madeira, registaram-se 796,7 mil dormidas, uma queda de 41%.

Notícia atualizada pela última vez às 11h40 com mais informação.
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