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STCP afasta-se de "aproveitamentos politico-eleitorais" da greve
A administração da empresa de transporte público diz que tomou "as medidas necessárias para pôr termo a um clima de medo raramente visto", numa altura em que os trabalhadores realizam mais um dia de greve.
A administração da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) assegurou esta quinta-feira, em que se realiza mais um dia de greve e uma manifestação, que "tomou as medidas necessárias para pôr termo a um clima de medo raramente visto na empresa".
Em comunicado, a empresa de transporte de passageiros do Porto liderada por Manuel Queiró afirma que "rejeita ser instrumentalizada por qualquer ação que extravase as preocupações específicas dos serviços que presta às populações, afastando-se de todos e quaisquer possíveis aproveitamentos de carácter politico-eleitoral decorrentes da manifestação" que está agendada para esta quinta-feira pelos promotores de uma greve convocada pela CGTP-STRUN.
"À distância de um mês das eleições autárquicas, é muito importante para a empresa demarcar-se deste tipo de iniciativas", salienta a STCP na mesma nota.
"Num contexto em que o direito à greve continuará a ser absolutamente respeitado, a empresa tomou as medidas necessárias para pôr termo a um clima de medo raramente visto na empresa", assegura ainda a STCP, acrescentando que "os trabalhadores filiados nos sindicatos mais representativos, subscritores de um acordo salarial realista e responsável, podem neste momento exercer livremente o seu direito a trabalhar, assegurando a continuação do serviço público de transporte".
A greve dos trabalhadores da STCP, que termina no sábado, tem como objetivo a exigência de um aumento salarial superior aos 15 euros que foram propostos pela administração da empresa.
Este mês foram já realizadas duas paralisações, nos dias 13 e 20, tendo no primeiro destes dia de greve sido registados incidentes entre trabalhadores que levaram a uma intervenção policial.