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Reclamações nos transportes descem para 8.500 até Junho

CP, Metropolitano de Lisboa, Transtejo, Europcar e Carris foram alvo de quase metade das queixas dos utentes no primeiro semestre deste ano. A empresa ferroviária registou uma descida das reclamações apesar dos atrasos e supressões.

02 de Novembro de 2018 às 09:00
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A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) registou no primeiro semestre deste ano 8.466 reclamações dos utilizadores, um número que representa uma redução de 14% – ou 1.381 queixas – face às apresentadas no mesmo período de 2017. Um decréscimo que, diz o regulador, "pode dever-se a vários factores, nomeadamente a uma possível melhoria na prestação do serviço por parte dos principais operadores e prestadores de serviço".

No relatório sobre reclamações no mercado da mobilidade e dos transportes, divulgado esta sexta-feira, 2 de Novembro, a AMT explica que das 8.466 críticas, 7.549 dizem respeito às inscritas no Livro de Reclamações dos diversos operadores enquanto as restantes 917 foram recebidas directamente por si.

As empresas que apresentaram um maior número de reclamações nos primeiros seis meses deste ano foram a CP, o Metropolitano de Lisboa, a Transtejo, a Europcar e a Carris, registando, respectivamente, 1.850, 847, 623, 319 e 316 reclamações.

Ainda assim, CP, Metro e Carris registaram uma redução nas queixas dos utilizadores, enquanto Europcar e Transtejo tiveram um aumento.

De acordo com o relatório, a CP, o Metropolitano de Lisboa, a Rede Nacional de Expressos, a TST e a EVA Transportes foram as empresas que apresentaram, na primeira metade deste ano, as maiores descidas do número de reclamações, comparativamente com o semestre anterior.

Relativamente à CP foram apresentadas menos 364 queixas, enquanto no Metro de Lisboa houve menos 358 reclamações. No caso da Rede Nacional de Expressos a diminuição foi de 236, na TST de 144 e na EVA de 89.

No relatório, o próprio regulador recorda que relativamente à CP são do conhecimento público as situações recorrentes de atrasos e supressão de serviços no transporte de passageiros. No entanto, "tais situações não se mostram traduzidas em
reclamações formalizadas pelos utentes".

No caso da Carris, face ao segundo semestre de 2017, foram apresentadas menos 33 reclamações. Já da Europcar houve mais 32 queixas e da Transtejo mais 15.

Os principais motivos mais reclamados, que representam aproximadamente 66% do total, dizem respeito a preços, pagamento e bilheteiras; a cumprimento defeituoso, não conforme com o contrato e incumprimento; e qualidade do atendimento ou atendimento deficiente nos estabelecimentos e no atendimento telefónico.

A AMT aponta ainda que a descida do número de reclamações foi especialmente notória em motivos como críticas à actuação da empresa (menos 41,4%); atendimento sem qualidade (menos 54,7%); crítica à conduta de funcionário ou colaborador (menos 22,6%); incumprimento do horário do transporte (menos 15%); e máquinas de venda de títulos, compras on-line, multibanco e validadores (menos 35,7%).

Fora dos livros de reclamações foram recebidas directamente pelos operadores de transporte de passageiros cerca de 22.258 reclamações, o que equivale a menos 3,1% face ao semestre anterior.

(Este artigo foi alvo de um direito de resposta)




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