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Parlamento rejeita fim das portagens na Via do Infante
PS, PSD e CDS-PP rejeitaram as iniciativas legislativas do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes no sentido da abolição da cobrança de portagens na A22. A suspensão da cobrança durante as obras na estrada nacional 125 também foi chumbada.
Os projectos de resolução do PCP, Bloco de Esquerda e Verdes no sentido da abolição da cobrança de portagens na Via do Infante (A22) foram chumbados esta sexta-feira com os votos do PS, PSD e CDS-PP.
Quatro deputados socialistas eleitos pelo Algarve votaram favoravelmente as propostas no sentido da eliminação da cobrança naquela via, que acabaram, no entanto, por ser novamente rejeitadas.
Também as iniciativas do PSD e CDS-PP, que propunham atenuantes à cobrança enquanto decorrerem obras na estrada nacional 125 foram também chumbadas, com os votos do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes.
Depois de no ano passado já terem sido rejeitadas propostas no sentido da abolição das portagens na Via do Infante, PCP, Bloco de Esquerda e Verdes voltaram este ano a apresentar projectos de resolução no mesmo sentido.
Já o projecto de resolução apresentado pelos social-democratas era no sentido de recomendar ao Governo que procedesse à introdução de mecanismos de suspensão da aplicação de cobrança de portagens nos troços da A22 a que correspondam troços da EN-125 encerrados ou sujeitos a obras até à conclusão das obras na via.
O CDS-PP, por seu lado, entendia que o Governo devia reverter o aumento no custo das portagens na A22 que entrou em vigor a 1 de Janeiro deste ano por entender que aquela estrada nacional não serve como alternativa.
No debate das propostas, quinta-feira, o deputado socialista António Eusébio afirmou que, na sequência da decisão do Governo de introduzir em Agosto de 2016 descontos de 15% nas ex-Scut, inclusivamente na A22, hoje existe maior convicção que "a redução das portagens gera aumento de tráfego e que reduzindo-as é possível manter a receita do Estado".
O deputado do PS, partido que não apresentou qualquer proposta nesta matéria, considerou que a monitorização da medida é que vai permitir ao Governo decidir reduzir ou não as portagens.