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Medina diz que Carris não volta a concorrer no "carsharing"

A Carristur foi pioneira do “carsharing” numa altura em que os “smarphones” ainda davam os primeiros passos, acabando por suspender o serviço.

18 de Abril de 2018 às 22:00
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A Carristur, participada da Carris, foi o primeiro operador a lançar-se no serviço de carros partilhados – com o Mob Carsharing –, mas acabou por suspender o negócio e não tem planos para regressar.

A certeza foi dada esta quarta-feira por Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa, entidade que há pouco mais de um ano passou a gerir a Carris. "Não temos planos para ter operadores públicos", afirmou o autarca, no lançamento da rede de carros partilhados Emov nos Paços do Concelho.

Fernando Medina garantiu que não há planos nem para a Carris nem para a Emel, a empresa de estacionamento de Lisboa, entrarem neste segmento de partilha de veículos. "Creio que só se justifica termos uma operação de iniciativa pública se não tivermos uma operação de natureza privada", afirmou o autarca, acrescentando que no mercado começam a aparecer "soluções de qualidade tripla", ou seja abrangentes, ambientalmente sustentáveis e acessíveis.

O presidente da Câmara de Lisboa justificou ainda que a entrada no segmento das bicicletas partilhadas se deveu ao facto de "o mercado não ser capaz de oferecer uma resposta". "Temos uma rede própria porque não aparecia um operador privado", afirmou.

A Carristur lançou-se no "carsharing" há já 11 anos, mas abandonou o negócio há cerca de cinco. Ao Negócios, fonte oficial da Carris explicou que "a empresa tentou, com um modelo de reservas e gestão existente de "bases fixas", fazer a exploração utilizando 10 veículos". No entanto, acrescentou, "por essa altura ainda os ‘smartphones’ estavam a dar os primeiros passos e o mercado não estava maduro o suficiente para que o negócio fosse sustentável".

Ao fim de seis anos, explicou ainda a mesma fonte, "como era necessário voltar a investir em frota e sobretudo no sistema de reservas ‘free floating’ que alguns operadores internacionais estavam a lançar, foi decidido suspender o negócio".

Nova rede de carros partilhados já arrancou
A rede de carros 100% eléctricos partilhados já começou a operar na capital portuguesa. A rede Emov, que pertence ao grupo PSA, vai ter 150 Citroën C-Zero para serem alugados em Lisboa.

Durante a cerimónia de apresentação do Emov, o autarca de Lisboa deu as boas vindas a este sistema na capital portuguesa. "Os utilizadores não vão ter a necessidade de ter carro próprio, vão perder menos tempo em filas de trânsito", disse Fernando Medina.

Por outro lado, o edil destacou que vai haver "menos espaço público ocupado horas a fio na cidade com carros parados". Fernando Medina explicou que, visto os 150 automóveis serem eléctricos, não pagam estacionamento nos lugares e parques da EMEL.

Em Lisboa entram diariamente 370 mil automóveis, com o autarca a defender que os sistemas de carros partilhados são necessários para estancar o uso de carro privado. "Cada ano que a economia acelera e cresce, aumenta o número de carros que entra na cidade pois a força de trabalho reside nos concelhos fora de Lisboa. A lógica actual é claramente insuportável, que tem por base o transporte individual", apontou Fernando Medina. O autarca garantiu assim que a autarquia pretende continuar a apostar no transporte público, incluindo em novos autocarros da Carris a gás natural e eléctricos.

A capital portuguesa já conta com outras redes de carro partilhado como a Drivenow da BMW e a 24/7 City que pertence à Hertz.
Já o director-geral da Emov, rede que foi lançada em Madrid em 2016, Fernando Izquierdo, prevê que a rede de carros partilhados venha a ter um total de 30 mil utilizadores até ao final deste ano. "Esta é uma nova etapa para Lisboa se tornar uma cidade mais inteligente e sustentável, com menos trânsito, melhor ambiente e melhor qualidade de vida", afirmou o director-geral da Emov.

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