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Matos Fernandes: "Morrerei sem entender como PSD e CDS votaram contra o PART"

O ministro do Ambiente adiantou no Parlamento que o programa de apoio à redução tarifária nos transportes públicos levou ao aumento da venda de passes na Área Metropolitana de Lisboa em 30%. Sobre a reivindicação dos mestres da Soflusa, Matos Fernandes diz que não será atendida.

Lusa
29 de Maio de 2019 às 12:33
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O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, salientou esta quarta-feira no Parlamento que o aumento da venda de passes na Área Metropolitana de Lisboa, com a entrada em vigor do Programa de Apoio à Redução do Tarifário (PART) dos transportes públicos, foi de 30%.

Frisando que o programa "é um sucesso", Matos Fernandes adiantou que em apenas duas Comunidades Intermunicipais (CIM) – Alentejo Litoral e Alto Minho – não está ainda em funcionamento, acrescentando ainda que a transferência de verbas, que era uma preocupação dos operadores, está a ser feita antecipadamente.

"Morrerei sem entender como PSD e CDS votaram contra o PART", afirmou.

 

Questionado sobre a situação na Transtejo e Soflusa, empresa onde o sindicato dos mestres anunciou já mais uma greve parcial para 3 a 7 de junho, Matos Fernandes fez notar que aqueles trabalhadores "não falam só das contratações, mas numa excecional necessidade de aumento salarial".

"Não podemos ir por aí", disse. "Há um acordo salarial subscrito por todos os sindicatos válido até ao fim deste ano e já foram abertas as negociações para 2020", frisou ainda, assumindo que "não é possível de forma alguma atender a esta reivindicação sindical tão específica".

O responsável considerou ainda que a greve convocada pelos mestres cria fraturas entre carreiras e "não é justa".

Matos Fernandes garantiu que a oferta da Soflusa foi reforçada a 1 de abril, contando com sete navios operacionais e indicando que haverá mais duas carreiras à hora de ponta. Indicou que antes do PART, no primeiro trimestre, a procura nos transportes aumentou 6,5%, sendo que no grupo Transtejo/Soflusa o acréscimo foi de 12%, acrescentando ainda que no mês de janeiro houve menos de 20 supressões.

Agora, disse, "não havendo mestres a fazer horas extra nós não conseguimos aumentar a oferta". Para fazer face à paralisação, Matos Fernandes disse que estão a ser reforçadas outras carreiras.

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