Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Matos Fernandes: linha circular do Metro "é a melhor opção"

O ministro do Ambiente disse no Parlamento que a nova linha circular vai injectar 8,9 milhões de passageiros no sistema, dos quais um terço virá de fora de Lisboa. A avaliação ambiental já foi entregue.

José Sena Goulão/Lusa
05 de Abril de 2018 às 20:27
  • ...

O ministro do Ambiente defendeu esta quinta-feira no Parlamento o projecto de expansão do Metro de Lisboa com a criação de uma linha circular com a ligação do Rato ao Cais do Sodré, adiantando que já foi entregue à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a avaliação ambiental a esta linha.

 

"Esta é a melhor das opções que podemos fazer", afirmou Matos Fernandes, salientando que a linha circular irá injectar 8,9 milhões de passageiros no sistema, um número que, disse, nem sequer tem em conta o turismo.

 

Destes, acrescentou, seis milhões são gerados directamente a partir das estações e três milhões são novos passageiros que vem de fora da cidade de Lisboa". "Este o melhor investimento em Lisboa pensando em quem não mora em Lisboa", afirmou.

 

É que "sendo um investimento dentro da cidade de Lisboa é aquele aproveita os passageiros da linha de Cascais e os que poderão vir da margem sul", afirmou, reforçando que "um terço dos novos passageiros não são gerados em Lisboa", o que garantiu que não aconteceria com as duas estações da linha vermelha, um projecto que tem vindo a ser apresentado por alguns partidos como alternativa.

 

Segundo o governante, a estação que será feita na Estrela é, das quatro possíveis –  duas na linha vermelha e duas na linha circular – "a que tem mais passageiros".

 

Em sua opinião, "é nas zonas consolidadas da cidade que se deve construir o metro porque é onde existem mais passageiros", sendo que "o fundamental é que no sítio onde há mais procura haja mais oferta", até porque "nenhum de nós quer empresas desequilibradas".

Matos Fernandes garantiu ainda aos deputados que o estudo de procura e de viabilidade, que justificou a criação da linha circular, é de 2016 e que o valor da empreitada é de 220 milhões.

 

O ministro do Ambiente afirmou ainda, existindo verbas no próximo quadro comunitário, o prolongamento da linha vermelha a Campo de Ourique venha a ser feita.

 

Matos Fernandes sublinhou que para os próximos quadros comunitários a mobilidade urbana de Lisboa e Porto tem de corresponder a uma fatia grande dos investimentos.

 

"Vamos bater-nos até ao fim para que o anel do Cais do Sodré ao Campo Grande seja o coração desse sistema para o qual drenam as outras linhas de procura. Depois desta obra outras terão de ser feitas", disse ainda o ministro, adiantando que terá de ser estudado se o prolongamento deve ser feito a Alcântara ou ao Alvito.

 

Relativamente à obra propriamente dita, o responsável garantiu que será possível fazê-la sem interromper a ligação que hoje é feita a partir do Cais do Sodré, já que a ligação irá engatar ao átrio desta estação que é actualmente inútil.

 

Ver comentários
Saber mais ministro do Ambiente Matos Fernandes transportes turismo Campo Grande Alcântara Porto Alvito Agência Portuguesa do Ambiente Rato Cais do Sodré Metro Campo de Ourique Campo Grande
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio