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Greve do Metro promete dificultar mobilidade em Lisboa esta quinta-feira

A greve do metro de Lisboa marcada para esta quinta-feira pode complicar a vida a quem precisa de se deslocar na capital. A Carris reforçou algumas carreiras numa tentativa de minimizar o impacto para os utentes dos transportes públicos lisboetas.

Bruno Simão/Negócios
24 de Setembro de 2014 às 17:14
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A greve do Metropolitano de Lisboa começa à meia-noite desta quarta-feira, mas afecta a circulação do metro já hoje, a partir das 23h, prolongando-se por 24 horas. Será a segunda paralisação este mês. A primeira, no dia 10 de Setembro, foi parcial, tendo retomado a circulação às 11h30.

 

A greve de amanhã vai provocar o fecho do metro em Lisboa durante todo o dia, prometendo afectar as entradas e saídas da capital.

 

De acordo com a Federação de Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) o protesto assenta em três pilares: degradação das condições de trabalho, oposição à concessão da empresa a privados e defesa do serviço público.

 

Anabela Carvalheira, da Fectrans, explicou ao Negócios que "a continuação da luta deve-se ao facto de o Conselho de Administração e do Governo nada terem feito para negociar" com as entidades representativas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.

 

A sindicalista diz que desde 2010 saíram do metropolitano 200 trabalhadores de todas as áreas operacionais, uma situação que tem agravado as condições de trabalho de quem ficou.

 

"Há um stress muito maior por causa da sobrecarga dos horários e da sua constante alteração", afirma. Por outro lado Anabela Carvalheira acusa a medicina do trabalho da empresa de "não estar a cumprir a sua obrigação" ao considerar aptos para trabalhar pessoas que estavam de baixa médica.

 

A Carris anunciou que vai reforçar algumas carreiras de autocarros cujo percurso é coincidente com os eixos servidos pelo metro. Em causa estão quatro carreiras: 726 (Sapadores – Pontinha) , 736 (Cais Sodré – Odivelas), 744 (Moscavide – Marquês Pombal) e 746 (Marquês Pombal – Estação Damaia).

 

Os trabalhadores do Metro protestam também contra o que chamam de "privatização da empresa". Anabela Carvalheira afirma que está a ser preparada pelo Executivo uma operação que, sublinha, vai levar a "mais despedimentos" e a "transporte mais caro para os utentes". Recorde-se que o Metro de Lisboa é uma das empresas públicas que o Governo quer que sejam concessionadas a privados. O lançamento do concurso público foi adiado para Outubro e o processo deverá estar concluído até ao final do ano.

 

Quanto aos utentes do Metro de Lisboa, Anabela Carvalheira espera que entendam os motivos da greve porque "esta luta é também em defesa do serviço público de qualidade", por isso "também defende os seus interesses".

 

O Metropolitano de Lisboa transporta em média 500 mil passageiros por dia.

 

 

(notícia actualizada às 19h52 com número de passageiros transportados pelo Metro diariamente)

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