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Apenas 16 quilómetros estão em obras na Linha do Douro

Ao contrário do que poderia indiciar uma publicação do Ministério do Planeamento no Twitter, as obras de electrificação no troço entre o Marco de Canaveses e a Régua só vão avançar no terreno a partir de Março de 2020.

A Infraestruturas de Portugal celebrou o segundo contrato mais elevado (51,9 milhões mais IVA) no ano passado. Em causa está a empreitada de modernização da linha da Beira, no troço Covilhã-Guarda, e cujo concurso público foi ganho pela Ramalho Rosa Cobetar.
03 de Agosto de 2018 às 10:13
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A intervenção em curso para electrificar a Linha do Douro envolve apenas 16 quilómetros de via-férrea, entre o Marco de Canavezes e Caíde do Rei (Lousada), e não os 58 quilómetros que foram referidos no final de Julho pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas e que dizem respeito ao que está em obra mas também aos projectos existentes.

 

A denúncia foi feita na edição do Público desta sexta-feira, 3 de Agosto, notando que, além de ser mais curto o percurso que já está a ser electrificado – e também renovado ao nível da sinalização, telecomunicações e plataformas das estações –, a modernização no troço que se estende até à Régua está atrasado dois anos.

 

Num esclarecimento enviado ao Negócios, a tutela indicou que a referência aos 58 quilómetros inclui "os troços que estão em obra e os que estão em fase de elaboração de projecto". "Um dos motivos de alguns atrasos nas obras do plano Ferrovia 2020 deriva precisamente da inexistência dos projectos de execução: as obras estavam programadas no Plano Estratégico de Transportes (PETI 3+, de 2014), mas quando o Governo tomou posse não havia projetos em desenvolvimento", acrescentou.

 

Em causa estava uma publicação na rede social Twitter feita pelo Ministério liderado por Pedro Marques. É que a obra nos restantes 42 quilómetros, que vai custar cerca de 100 milhões de euros, ainda está em fase de projecto e só deverá começar a ser realizada a partir de Março de 2020, já na próxima legislatura, tendo conclusão prevista para dois anos depois.

 

 

Segundo o mesmo jornal, nos restantes 70 quilómetros da Linha do Douro, entre a Régua e o Pocinho, não estão previstas obras de modernização nos próximos anos, dado que o projecto não foi considerado prioritário pela Infraestruturas de Portugal (ex-REFER) no âmbito do chamado Programa Nacional de Investimentos promovido pelo Executivo.

 

"O que o Governo está a fazer na Linha do Douro é o que está a fazer no resto da rede ferroviária: recuperar o tempo perdido, fazer investimento onde antes houve desinvestimento. (…) O plano Ferrovia 2020 contempla um investimento de 2 mil milhões de euros em metade da rede ferroviária nacional. Contempla mais 100 quilómetros de linha (Évora-Elvas), cujo concurso público para obra já está em curso. Ou seja, pela primeira vez em muitas décadas, não haverá encerramento de linhas, mas sim abertura", conclui a nota do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas.

(Notícia actualizada às 15:25 com os esclarecimentos do Ministério do Planeamento e das Infraestruturas)

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