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Exxon planeia despedir 1.900 trabalhadores nos Estados Unidos
Depois dos despedimentos na Europa e os cortes na Austrália, é a vez dos Estados Unidos. Exxon vai despedir quase dois mil trabalhadores norte-americanos devido às descidas do preço do petróleo.
A Exxon Mobil pretende despedir 1.900 trabalhadores nos Estados Unidos, devido às quebras do preço do petróleo, que colocam em causa a realização de grandes projetos idealizados para este ano por parte da empresa petrolifera.
Numa altura em que diversos países europeus acreditam que as energias renováveis são o futuro, o preço dos combustíveis fosseis continua a cair. O CEO da Exxon, Darren Woods, assumiu na passada quarta-feira (dia 21) que vivem "tempos difíceis" e que, por essa mesma razão, estão a ser tomadas medidas mais drásticas que passam pelo despedimento de trabalhadores.
Os cortes orçamentais em larga escala são agora necessários para fazer frente à Covid-19, reduzir os custos a longo prazo e preservar os dividendos. Os quase dois mil despedimentos nos Estados Unidos espelham as dificuldades sentidas pelos produtores de energia norte-americanos, que enfrentam atualmente a pior recessão do setor, de acordo com a informação apurada pela Bloomberg.
No ano em que a Exxon se pretendia expandir, a Covid-19 obrigou-a a repensar as suas despesas e a reduzir o valor destinado a outros projetos. Para além dos despedimentos nos EUA, a empresa já dispensou 1.600 pessoas na Europa e reduziu os seus custos na Austrália.
As ações da empresa desceram 52% este ano o que levou a cortes orçamentais na ordem dos 10 mil milhões de dólares, depois do petróleo ter atingido o seu valor mais baixo desta década. Apesar de tudo isto, Woods confessou à Bloomberg que continua confiante de que estas quebras não representem o fim dos combustíveis fosseis, que na sua ótica continuarão até 2040 a ser a fornecer energia ao mundo.