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Prepare a sua investida nas bolsas com estas 11 ações
Para negociar em bolsa, em 2020, deve adotar uma estratégia defensiva. Diversificar a carteira e optar por setores mais estáveis serão as suas melhores armas. Veja que títulos a PROTESTE INVESTE lhe recomenda comprar.
21 de Janeiro de 2020 às 15:06
Cautela é a palavra de ordem. Num momento em que atravessamos um dos mais longos ciclos de subida das bolsas de sempre, qualquer má notícia pode ser um travão a fundo nos mercados. Posto isto, apesar de a generalidade das praças continuar corretamente avaliada, o investimento deve primar pela seletividade. Saber escolher as ações certas implica estudar ao detalhe todas as hipóteses, o que não deve ser deixado por mãos alheias.
Por isso, de olhos postos em 2020, a PROTESTE INVESTE selecionou 11 ações com potencial para multiplicar os seus investimentos, em que privilegiámos empresas com negócios consolidados e estáveis. Nas fichas abaixo, explicamos-lhe, uma a uma, porque devem fazer parte da sua tática de investimento.
Muitos ganhos, mas não para todos
O cenário dos últimos 10 anos foi de um autêntico eldorado para as bolsas mundiais. Entre 2009 e 2019, ganharam 171,6% (em euros), valorizando, em média, 10,5% ao ano. A conjuntura de crescimento económico e as baixas taxas de juro, além de impulsionarem os lucros das empresas, tornaram o investimento noutros produtos, como os depósitos ou as obrigações, muito menos interessante, o que tem beneficiado os mercados acionistas.
Em 2019, apesar da guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China, do abrandamento económico (na China, Japão e em algumas economias europeias e emergentes) e da incerteza gerada pelo Brexit, os receios de uma recessão económica não se confirmaram. O Fundo Monetário Internacional prevê até um aumento do crescimento económico mundial de 3%, em 2019, para 3,4%, em 2020, e de 3,6%, em 2021.
Ao mesmo tempo, os principais bancos centrais continuam a manter as taxas de juro a níveis muito baixos, em defesa das suas economias. Resultado: as empresas estão em boa forma e isso estimula as bolsas.
Apesar do otimismo reinante, os bons ventos bafejam os mercados de forma desigual. Se, ao longo da última década, os EUA têm batido sucessivos máximos históricos - crescendo 14,6% ao ano e quase quadruplicando de valor -, na Europa, os ganhos de 70,4%, equivalentes a uma valorização de 5,5% ao ano, foram bem mais modestos. Isto para não falar na bolsa de Lisboa, que, no mesmo período, perdeu 37,9 por cento. Esta discrepância exige fazer escolhas criteriosas. Daí que faça toda a diferença ter os estrategos certos para levarem os seus investimentos a bom porto.
Os (11) bravos do pelotão
Dos 145 títulos que acompanhamos diariamente pela PROTESTE INVESTE, apenas 25 merecem conselho de compra. Destes, a PROTESTE INVESTE selecionou 11 que constituem, na íntegra, a sua carteira de ações (siga-a em www.deco.proteste.pt/investe/estrategias/perfil-acoes). A PROTESTE INVESTE fez o mesmo exercício no final de 2018. Um ano depois, o balanço: as empresas que recomendadas valorizaram, em média, até ao final de novembro, 15,8%, quase o dobro do que a bolsa de Lisboa (8,4%) conseguiu no mesmo período. Os ganhos ficaram, porém, um pouco abaixo dos das bolsas europeias (20,7%), em parte, graças à evolução negativa da Kraft Heinz (-22,3%), que deixou de integrar a carteira de ações da PROTESTE INVESTE no início do ano, após a apresentação de resultados muito negativos.
Ainda assim, a maioria dos títulos mantém-se face ao ano passado. No lote que selecionado para o novo ano, as 11 empresas escolhidas abrangem sete mercados geográficos (Brasil, EUA, França, Holanda, Portugal, Reino Unido e Suíça) e seis setores de atividade, com ênfase nos mais defensivos, como o farmacêutico (Novartis), as telecomunicações (Nos e Telefônica Brasil) e o energético (EDP, Engie, National Grid e REN). O cenário macroeconómico, de alguma incerteza, e o nível elevado de valorização das bolsas assim o exigem. Por outro lado, em nome da diversificação, e como nem todos os setores são afetados da mesma forma pela conjuntura económica, a PROTESTE INVESTE inclui também os setores mais cíclicos e com maior potencial de valorização, como o tecnológico (IBM e Intel), o petrolífero (Chevron) e o financeiro (Aegon). Assim, eventuais perdas nuns títulos podem ser compensadas com ganhos noutros.
Na generalidade, todas estas ações estão baratas e apenas uma, a Telefônica Brasil, representante dos mercados emergentes, tem um risco superior a 3, numa escala de 1 a 5. Além disso, no seu conjunto, distribuem uma fatia generosa dos lucros pelos acionistas: o rendimento médio do dividendo é de 5,2% brutos. A Nos é a que fica melhor na fotografia, com 7,6%, enquanto a Intel, mais modesta, fica pelos 2,2 por cento.
Investir em ações: regras de ouro
No investimento em ações, tão importante como diversificar o investimento por vários mercados e setores de atividade, é fazê-lo numa perspetiva de longo prazo (mínimo de cinco anos). A curto prazo, a evolução das bolsas é imprevisível, pelo que só assim é possível diluir o risco. Certifique-se, por isso, de que não vai precisar do dinheiro aplicado a breve trecho, pois deve deixá-lo vários anos a render. Para investir, precisa de, pelo menos, 10 mil euros, repartidos por um mínimo de 10 ações (1.000 euros por título). Se aplicar montantes inferiores, os custos de transação podem anular boa parte dos ganhos. Logo, caso não disponha dessa quantia mínima, opte por fundos de investimento, que também permitem obter uma boa diversificação e exigem um valor muito inferior.
E nunca, mas nunca, invista dinheiro que não tem. Endividar-se (e pagar juros) para comprar ações aumenta significativamente o risco de perder dinheiro.
Por fim, embora deva seguir a atualidade dos mercados e fazer ajustes pontuais à carteira, evite efetuar demasiadas transações ao longo do ano. Dessa forma, arrisca-se a perder os dias mais rentáveis da bolsa, o que pode afetar consideravelmente a rentabilidade da sua carteira. Na negociação em bolsa, assim como na guerra, há que saber "quando é preciso ficar calmo, e quando é tempo de pôr-se em movimento". Assim reza "A Arte da Guerra", escrita há 2.500 anos, pelo estratego militar chinês Sun Tzu.
Com escudo, capacete e armadura
Antes sequer de iniciar a investida sobre o território das ações, há outras duas regras que não deve descurar: a primeira é criar um fundo de emergência, correspondente a seis salários, aplicados em produtos sem risco e com elevada liquidez, para fazer face a imprevistos; a segunda é garantir que já tem uma carteira de investimentos diversificada, com vários tipos de produtos e níveis de risco, sejam produtos de dívida pública, obrigações ou fundos de investimento.
Para ajudar, chame a cavalaria
Mesmo depois de tomadas todas as precauções e lidas todas as recomendações, pode sentir que não tem conhecimentos técnicos ou tempo suficientes para acompanhar de perto o evoluir das suas ações. Nesse caso, pode aproveitar o protocolo da PROTESTE INVESTE com o Banco Carregosa, que replica com exatidão a carteira de ações da PROTESTE INVESTE, e que teve um rendimento médio de 4,8% ao ano, nos últimos 10 anos.
Nesse período, por cada 10 mil euros investidos, foram obtidos quase 16 mil. Além do rendimento potencialmente atrativo, subscrever o protocolo significa não ter preocupações com a gestão da carteira: as ordens de compra e venda são executadas automaticamente pelo banco, com base nas orientações da PROTESTE INVESTE. Através do preçário especial de corretagem online DECO/GoBulling, beneficia ainda de custos de transação mais baixos, custos esses que variam bastante consoante o intermediário financeiro.
Se optar por não subscrever os protocolos da PROTESTE INVESTE verifique se o seu intermediário está autorizado a negociar em bolsa pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e que preços pratica. Uma má escolha pode custar-lhe algumas centenas de euros por ano e isso vai influenciar a rentabilidade final da sua carteira de ações.
| Engie
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Paris
Cotação 14,36 EUR
Risco 3
A Engie nasceu da fusão da Gaz de France com a Suez. Após um período de profunda transformação nos últimos três anos, em que vendeu os negócios menos rentáveis, baixou custos e apostou em áreas menos cíclicas e mais promissoras (energias renováveis, gás natural e serviços energéticos), a empresa começa a colher os primeiros frutos. Os dados mais recentes confirmam o regresso à rota do crescimento, beneficiando da reativação de centrais nucleares na Bélgica, e, ao contrário de outras elétricas, a Engie tem a dívida bem controlada.
| IBM
Setor Tecnologia
Bolsa Nova Iorque
Cotação 134,45 USD
Risco 3
Confrontada nos últimos anos com dificuldades de crescimento, a gigante norte-americana tem vindo a vender as atividades de menor crescimento, para se focar no software e serviços informáticos para empresas, em que é um dos maiores fornecedores mundiais. A sua aposta é no desenvolvimento da oferta de computação em nuvem, análise de dados, mobilidade e cibersegurança. Na nuvem, o potencial de desenvolvimento é grande e foi neste segmento que a IBM fez, este ano, a maior aquisição da sua história (Red Hat). Porém, a concorrência é elevada. Em bolsa, a ação negoceia a níveis atrativos.
| Intel
Setor Tecnologia
Bolsa Nasdaq
Cotação 58,05 USD
Risco 3
Apesar de operar num setor cíclico e do declínio do seu negócio tradicional -os microprocessadores para PC -, a capacidade de inovação, a solidez financeira e a clientela fiel são trunfos face à concorrência, o que se traduz numa boa rentabilidade. Além disso, tem diversificado a atividade para áreas mais promissoras, como processadores para servidores (muito lucrativos) e componentes eletrónicos, usados, nomeadamente, nos carros autónomos. Com a procura pelos seus microprocessadores a subir acima do previsto, é um dos líderes mundiais no fabrico de semicondutores. Por tudo isto, é a nossa ação tecnológica preferida.
| Aegon
Setor Seguros
Bolsa Amesterdão
Cotação 4,092 EUR
Risco 3
O clima de baixas taxas de juro penaliza as empresas do setor financeiro e a seguradora holandesa Aegon não é exceção. Ainda assim, após um período de desinvestimento e cortes de custos, o grupo continua financeiramente sólido. A sua aposta é no crescimento orgânico, em detrimento de grandes aquisições, e na melhoria da rentabilidade. Apesar da conjuntura difícil, a boa remuneração das ações e a valorização atrativa são trunfos do título, que é dos menos arriscados do setor.
| National Grid
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Londres
Cotação 889,70 pence
Risco 3
O grupo britânico detém e gereinfraestruturas de transporte de eletricidade e gás no Reino Unido e nos EUA. Apesar do previsível aperto da regulação em solo britânico a partir de 2021, o grupo vai cortar custos e já reduziu a exposição ao mercado interno. Além disso, deverá beneficiar com o aumento do consumo de eletricidade originado pelo maior número de carros elétricos. A sua atividade mantém-se pouco arriscada e capaz de gerar uma liquidez elevada e recorrente, que lhe permite ter estabilidade nos resultados e distribuir bons dividendos.
| Chevron
Setor Petrolífero
Bolsa Nova Iorque
Cotação 117,13 USD
Risco 2
A petrolífera americana está presente em dezenas de países e opera em toda a cadeia produtiva, em especial na exploração e produção. O grupo, um dos mais sólidos do setor, pretende aumentar a produção entre 3 e 4% no período de 2018-2023. As suas prioridades de investimento são o mercado americano do petróleo de xisto, com baixos custos de produção, e o do gás, na Austrália. Apesar da incerteza provocada pela volatilidade do preço do petróleo, o grupo tem capacidade para enfrentar reduções dos preços e a ação tem um risco inferior à média.
| Nos
Setor Telecomunicações
Bolsa Lisboa
Cotação 4,924 EUR
Risco 3
Líder na televisão por subscrição em Portugal, a Nos tem contrariado a maturidade do mercado nacional com o aumento da penetração dos pacotes de serviços (comunicações fixas e móveis, TV e internet), o que lhe tem permitido ganhar alguma quota de mercado e melhorar os resultados. A empresa é financeiramente sólida e tem aumentado sucessivamente o dividendo nos últimos anos, tendo atualmente o rendimento do dividendo mais elevado entre as empresas da bolsa de Lisboa. Em bolsa, a cotação não reflete a solidez do título e está barata.
| EDP
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Lisboa
Cotação 3,66 EUR
Risco 3
É uma das maiores elétricas da Península Ibérica. Líder destacada em Portugal e com uma presença relevante no Brasil e nos EUA, aposta sobretudo nas energias limpas e na venda de ativos para reduzir a dívida e autofinanciar parcialmente o crescimento. A regulação em Portugal tem afetado os resultados, mas o grupo beneficia de uma boa diversificação geográfica e da fraca exposição às flutuações do preço de mercado da energia, o que reduz o risco da sua atividade. Em bolsa, fixou recentemente um novo máximo desde junho de 2008.
| Novartis
Setor Farmacêutico
Bolsa Zurique
Cotação 92,06 CHF
Risco 3
A farmacêutica suíça tem presença nos medicamentos de marca e também nos genéricos (Sandoz). Apesar de poder vir a ter de enfrentar algumas perdas de patentes no futuro, tem uma boa carteira de produtos promissores em desenvolvimento. Além disso, acaba de reforçar a sua divisão cardiovascular, com a aquisição da Medicines Company. O grupo tem obtido bons resultados e goza de boas perspetivas, apesar da pressão em baixa sobre o preço dos genéricos nos EUA.
| REN
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Lisboa
Cotação 2,77 EUR
Risco 2
A REN, que gere a rede de transporte e armazenamento de gás e eletricidade em Portugal, é considerada um título refúgio, com um risco inferior à média. O facto de a sua atividade ser muito regulada dá maior previsibilidade e regularidade aos resultados. Em contrapartida, o potencial de crescimento não é elevado, até porque privilegia o mercado nacional e tem uma estratégia de expansão cautelosa, para não comprometer o seu equilíbrio financeiro. Em bolsa, o título tem pouca volatilidade, o que nesta altura de maior incerteza é uma vantagem. O bom rendimento do dividendo é outro dos trunfos da ação.
| Telefônica Brasil
Setor Telecomunicações
Bolsa Nova Iorque
Cotação 13,15 USD
Risco 4
A Telefônica Brasil é a filial brasileira da espanhola Telefónica e resultou da fusão entre a operadora fixa Telesp e a operadora móvel Vivo. A conjuntura económica brasileira é desafiante, mas a empresa tem crescido e reforçado o seu domínio, sendo líder destacada de mercado e a operadora brasileira mais rentável. Apesar de o risco do título ser superior à média, devido às flutuações cambiais e a possíveis tensões sociais, as reformas implementadas no país deverão ter um impacto positivo nos resultados da empresa, o que permitirá aumentar o dividendo. Os resultados têm sido bons e as perspetivas mantêm-se favoráveis.
*Cotações referentes a 30 de novembro de 2019
Por isso, de olhos postos em 2020, a PROTESTE INVESTE selecionou 11 ações com potencial para multiplicar os seus investimentos, em que privilegiámos empresas com negócios consolidados e estáveis. Nas fichas abaixo, explicamos-lhe, uma a uma, porque devem fazer parte da sua tática de investimento.
O cenário dos últimos 10 anos foi de um autêntico eldorado para as bolsas mundiais. Entre 2009 e 2019, ganharam 171,6% (em euros), valorizando, em média, 10,5% ao ano. A conjuntura de crescimento económico e as baixas taxas de juro, além de impulsionarem os lucros das empresas, tornaram o investimento noutros produtos, como os depósitos ou as obrigações, muito menos interessante, o que tem beneficiado os mercados acionistas.
Em 2019, apesar da guerra comercial entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China, do abrandamento económico (na China, Japão e em algumas economias europeias e emergentes) e da incerteza gerada pelo Brexit, os receios de uma recessão económica não se confirmaram. O Fundo Monetário Internacional prevê até um aumento do crescimento económico mundial de 3%, em 2019, para 3,4%, em 2020, e de 3,6%, em 2021.
Ao mesmo tempo, os principais bancos centrais continuam a manter as taxas de juro a níveis muito baixos, em defesa das suas economias. Resultado: as empresas estão em boa forma e isso estimula as bolsas.
Apesar do otimismo reinante, os bons ventos bafejam os mercados de forma desigual. Se, ao longo da última década, os EUA têm batido sucessivos máximos históricos - crescendo 14,6% ao ano e quase quadruplicando de valor -, na Europa, os ganhos de 70,4%, equivalentes a uma valorização de 5,5% ao ano, foram bem mais modestos. Isto para não falar na bolsa de Lisboa, que, no mesmo período, perdeu 37,9 por cento. Esta discrepância exige fazer escolhas criteriosas. Daí que faça toda a diferença ter os estrategos certos para levarem os seus investimentos a bom porto.
Os (11) bravos do pelotão
Dos 145 títulos que acompanhamos diariamente pela PROTESTE INVESTE, apenas 25 merecem conselho de compra. Destes, a PROTESTE INVESTE selecionou 11 que constituem, na íntegra, a sua carteira de ações (siga-a em www.deco.proteste.pt/investe/estrategias/perfil-acoes). A PROTESTE INVESTE fez o mesmo exercício no final de 2018. Um ano depois, o balanço: as empresas que recomendadas valorizaram, em média, até ao final de novembro, 15,8%, quase o dobro do que a bolsa de Lisboa (8,4%) conseguiu no mesmo período. Os ganhos ficaram, porém, um pouco abaixo dos das bolsas europeias (20,7%), em parte, graças à evolução negativa da Kraft Heinz (-22,3%), que deixou de integrar a carteira de ações da PROTESTE INVESTE no início do ano, após a apresentação de resultados muito negativos.
Ainda assim, a maioria dos títulos mantém-se face ao ano passado. No lote que selecionado para o novo ano, as 11 empresas escolhidas abrangem sete mercados geográficos (Brasil, EUA, França, Holanda, Portugal, Reino Unido e Suíça) e seis setores de atividade, com ênfase nos mais defensivos, como o farmacêutico (Novartis), as telecomunicações (Nos e Telefônica Brasil) e o energético (EDP, Engie, National Grid e REN). O cenário macroeconómico, de alguma incerteza, e o nível elevado de valorização das bolsas assim o exigem. Por outro lado, em nome da diversificação, e como nem todos os setores são afetados da mesma forma pela conjuntura económica, a PROTESTE INVESTE inclui também os setores mais cíclicos e com maior potencial de valorização, como o tecnológico (IBM e Intel), o petrolífero (Chevron) e o financeiro (Aegon). Assim, eventuais perdas nuns títulos podem ser compensadas com ganhos noutros.
Na generalidade, todas estas ações estão baratas e apenas uma, a Telefônica Brasil, representante dos mercados emergentes, tem um risco superior a 3, numa escala de 1 a 5. Além disso, no seu conjunto, distribuem uma fatia generosa dos lucros pelos acionistas: o rendimento médio do dividendo é de 5,2% brutos. A Nos é a que fica melhor na fotografia, com 7,6%, enquanto a Intel, mais modesta, fica pelos 2,2 por cento.
Investir em ações: regras de ouro
No investimento em ações, tão importante como diversificar o investimento por vários mercados e setores de atividade, é fazê-lo numa perspetiva de longo prazo (mínimo de cinco anos). A curto prazo, a evolução das bolsas é imprevisível, pelo que só assim é possível diluir o risco. Certifique-se, por isso, de que não vai precisar do dinheiro aplicado a breve trecho, pois deve deixá-lo vários anos a render. Para investir, precisa de, pelo menos, 10 mil euros, repartidos por um mínimo de 10 ações (1.000 euros por título). Se aplicar montantes inferiores, os custos de transação podem anular boa parte dos ganhos. Logo, caso não disponha dessa quantia mínima, opte por fundos de investimento, que também permitem obter uma boa diversificação e exigem um valor muito inferior.
E nunca, mas nunca, invista dinheiro que não tem. Endividar-se (e pagar juros) para comprar ações aumenta significativamente o risco de perder dinheiro.
Por fim, embora deva seguir a atualidade dos mercados e fazer ajustes pontuais à carteira, evite efetuar demasiadas transações ao longo do ano. Dessa forma, arrisca-se a perder os dias mais rentáveis da bolsa, o que pode afetar consideravelmente a rentabilidade da sua carteira. Na negociação em bolsa, assim como na guerra, há que saber "quando é preciso ficar calmo, e quando é tempo de pôr-se em movimento". Assim reza "A Arte da Guerra", escrita há 2.500 anos, pelo estratego militar chinês Sun Tzu.
Com escudo, capacete e armadura
Antes sequer de iniciar a investida sobre o território das ações, há outras duas regras que não deve descurar: a primeira é criar um fundo de emergência, correspondente a seis salários, aplicados em produtos sem risco e com elevada liquidez, para fazer face a imprevistos; a segunda é garantir que já tem uma carteira de investimentos diversificada, com vários tipos de produtos e níveis de risco, sejam produtos de dívida pública, obrigações ou fundos de investimento.
Para ajudar, chame a cavalaria
Mesmo depois de tomadas todas as precauções e lidas todas as recomendações, pode sentir que não tem conhecimentos técnicos ou tempo suficientes para acompanhar de perto o evoluir das suas ações. Nesse caso, pode aproveitar o protocolo da PROTESTE INVESTE com o Banco Carregosa, que replica com exatidão a carteira de ações da PROTESTE INVESTE, e que teve um rendimento médio de 4,8% ao ano, nos últimos 10 anos.
Nesse período, por cada 10 mil euros investidos, foram obtidos quase 16 mil. Além do rendimento potencialmente atrativo, subscrever o protocolo significa não ter preocupações com a gestão da carteira: as ordens de compra e venda são executadas automaticamente pelo banco, com base nas orientações da PROTESTE INVESTE. Através do preçário especial de corretagem online DECO/GoBulling, beneficia ainda de custos de transação mais baixos, custos esses que variam bastante consoante o intermediário financeiro.
Se optar por não subscrever os protocolos da PROTESTE INVESTE verifique se o seu intermediário está autorizado a negociar em bolsa pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e que preços pratica. Uma má escolha pode custar-lhe algumas centenas de euros por ano e isso vai influenciar a rentabilidade final da sua carteira de ações.
| Engie
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Paris
Cotação 14,36 EUR
Risco 3
A Engie nasceu da fusão da Gaz de France com a Suez. Após um período de profunda transformação nos últimos três anos, em que vendeu os negócios menos rentáveis, baixou custos e apostou em áreas menos cíclicas e mais promissoras (energias renováveis, gás natural e serviços energéticos), a empresa começa a colher os primeiros frutos. Os dados mais recentes confirmam o regresso à rota do crescimento, beneficiando da reativação de centrais nucleares na Bélgica, e, ao contrário de outras elétricas, a Engie tem a dívida bem controlada.
2,6
Número de vezes que a capitalização bolsista da Engie supera a da EDP
| IBM
Setor Tecnologia
Bolsa Nova Iorque
Cotação 134,45 USD
Risco 3
Confrontada nos últimos anos com dificuldades de crescimento, a gigante norte-americana tem vindo a vender as atividades de menor crescimento, para se focar no software e serviços informáticos para empresas, em que é um dos maiores fornecedores mundiais. A sua aposta é no desenvolvimento da oferta de computação em nuvem, análise de dados, mobilidade e cibersegurança. Na nuvem, o potencial de desenvolvimento é grande e foi neste segmento que a IBM fez, este ano, a maior aquisição da sua história (Red Hat). Porém, a concorrência é elevada. Em bolsa, a ação negoceia a níveis atrativos.
18%
Crescimento anual previsto do mercado de computação em nuvem até 2023
| Intel
Setor Tecnologia
Bolsa Nasdaq
Cotação 58,05 USD
Risco 3
Apesar de operar num setor cíclico e do declínio do seu negócio tradicional -os microprocessadores para PC -, a capacidade de inovação, a solidez financeira e a clientela fiel são trunfos face à concorrência, o que se traduz numa boa rentabilidade. Além disso, tem diversificado a atividade para áreas mais promissoras, como processadores para servidores (muito lucrativos) e componentes eletrónicos, usados, nomeadamente, nos carros autónomos. Com a procura pelos seus microprocessadores a subir acima do previsto, é um dos líderes mundiais no fabrico de semicondutores. Por tudo isto, é a nossa ação tecnológica preferida.
18,8%
Rendimento médio anual da Intel nos últimos 10 anos
| Aegon
Setor Seguros
Bolsa Amesterdão
Cotação 4,092 EUR
Risco 3
O clima de baixas taxas de juro penaliza as empresas do setor financeiro e a seguradora holandesa Aegon não é exceção. Ainda assim, após um período de desinvestimento e cortes de custos, o grupo continua financeiramente sólido. A sua aposta é no crescimento orgânico, em detrimento de grandes aquisições, e na melhoria da rentabilidade. Apesar da conjuntura difícil, a boa remuneração das ações e a valorização atrativa são trunfos do título, que é dos menos arriscados do setor.
8 anos
Desde 2011, a seguradora tem aumentado o dividendo
| National Grid
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Londres
Cotação 889,70 pence
Risco 3
O grupo britânico detém e gereinfraestruturas de transporte de eletricidade e gás no Reino Unido e nos EUA. Apesar do previsível aperto da regulação em solo britânico a partir de 2021, o grupo vai cortar custos e já reduziu a exposição ao mercado interno. Além disso, deverá beneficiar com o aumento do consumo de eletricidade originado pelo maior número de carros elétricos. A sua atividade mantém-se pouco arriscada e capaz de gerar uma liquidez elevada e recorrente, que lhe permite ter estabilidade nos resultados e distribuir bons dividendos.
23 anos
Os dividendos, cujo rendimento é 5,5%, crescem de forma consistente e contínua há ano
| Chevron
Setor Petrolífero
Bolsa Nova Iorque
Cotação 117,13 USD
Risco 2
A petrolífera americana está presente em dezenas de países e opera em toda a cadeia produtiva, em especial na exploração e produção. O grupo, um dos mais sólidos do setor, pretende aumentar a produção entre 3 e 4% no período de 2018-2023. As suas prioridades de investimento são o mercado americano do petróleo de xisto, com baixos custos de produção, e o do gás, na Austrália. Apesar da incerteza provocada pela volatilidade do preço do petróleo, o grupo tem capacidade para enfrentar reduções dos preços e a ação tem um risco inferior à média.
12%
A OPEP prevê um crescimento de 12% da procura mundial de petróleo até 2040
| Nos
Setor Telecomunicações
Bolsa Lisboa
Cotação 4,924 EUR
Risco 3
Líder na televisão por subscrição em Portugal, a Nos tem contrariado a maturidade do mercado nacional com o aumento da penetração dos pacotes de serviços (comunicações fixas e móveis, TV e internet), o que lhe tem permitido ganhar alguma quota de mercado e melhorar os resultados. A empresa é financeiramente sólida e tem aumentado sucessivamente o dividendo nos últimos anos, tendo atualmente o rendimento do dividendo mais elevado entre as empresas da bolsa de Lisboa. Em bolsa, a cotação não reflete a solidez do título e está barata.
7,6%
Rendimento bruto do dividendo previsto para 2019
| EDP
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Lisboa
Cotação 3,66 EUR
Risco 3
É uma das maiores elétricas da Península Ibérica. Líder destacada em Portugal e com uma presença relevante no Brasil e nos EUA, aposta sobretudo nas energias limpas e na venda de ativos para reduzir a dívida e autofinanciar parcialmente o crescimento. A regulação em Portugal tem afetado os resultados, mas o grupo beneficia de uma boa diversificação geográfica e da fraca exposição às flutuações do preço de mercado da energia, o que reduz o risco da sua atividade. Em bolsa, fixou recentemente um novo máximo desde junho de 2008.
9,8 milhões
Número total de clientes de eletricidade do grupo EDP
| Novartis
Setor Farmacêutico
Bolsa Zurique
Cotação 92,06 CHF
Risco 3
A farmacêutica suíça tem presença nos medicamentos de marca e também nos genéricos (Sandoz). Apesar de poder vir a ter de enfrentar algumas perdas de patentes no futuro, tem uma boa carteira de produtos promissores em desenvolvimento. Além disso, acaba de reforçar a sua divisão cardiovascular, com a aquisição da Medicines Company. O grupo tem obtido bons resultados e goza de boas perspetivas, apesar da pressão em baixa sobre o preço dos genéricos nos EUA.
4.ª
Maior farmacêutica mundial a nível de receitas, em 2018
| REN
Setor Energia e serviços públicos
Bolsa Lisboa
Cotação 2,77 EUR
Risco 2
A REN, que gere a rede de transporte e armazenamento de gás e eletricidade em Portugal, é considerada um título refúgio, com um risco inferior à média. O facto de a sua atividade ser muito regulada dá maior previsibilidade e regularidade aos resultados. Em contrapartida, o potencial de crescimento não é elevado, até porque privilegia o mercado nacional e tem uma estratégia de expansão cautelosa, para não comprometer o seu equilíbrio financeiro. Em bolsa, o título tem pouca volatilidade, o que nesta altura de maior incerteza é uma vantagem. O bom rendimento do dividendo é outro dos trunfos da ação.
6,2%
Rendimento bruto do dividendo previsto para 2019
| Telefônica Brasil
Setor Telecomunicações
Bolsa Nova Iorque
Cotação 13,15 USD
Risco 4
A Telefônica Brasil é a filial brasileira da espanhola Telefónica e resultou da fusão entre a operadora fixa Telesp e a operadora móvel Vivo. A conjuntura económica brasileira é desafiante, mas a empresa tem crescido e reforçado o seu domínio, sendo líder destacada de mercado e a operadora brasileira mais rentável. Apesar de o risco do título ser superior à média, devido às flutuações cambiais e a possíveis tensões sociais, as reformas implementadas no país deverão ter um impacto positivo nos resultados da empresa, o que permitirá aumentar o dividendo. Os resultados têm sido bons e as perspetivas mantêm-se favoráveis.
32%
Quota no mercado móvel brasileiro da Telefônica Brasil
*Cotações referentes a 30 de novembro de 2019