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Expansão dos metros do Porto e Lisboa depende da revisão do Portugal 2020

O financiamento dos investimentos anunciados pelo Governo no primeiro semestre, que incluem também a linha de Cascais e autocarros eléctricos no Mondego, ainda precisa afinal de ser discutido com Bruxelas, noticia o JN.

Paulo Duarte/Negócios
07 de Novembro de 2017 às 09:05
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O Governo ainda vai ter de operar uma reprogramação no actual quadro comunitário de apoio (Portugal 2020) para garantir que há dinheiro disponível para pagar o plano de ampliação e modernização de infra-estruturas anunciado no primeiro semestre deste ano, que inclui os metropolitanos de Lisboa e Porto, a linha de Cascais e o sistema de autocarros eléctricos do Mondego.

 

Segundo escreve o JN esta segunda-feira, 7 de Novembro, quando esses anúncios foram feitos o Executivo socialista referiu que seriam pagos por fundos deste quadro comunitário e por um empréstimo do Banco Europeu de Investimento (BEI). No entanto, não especificou que ainda não havia verbas disponíveis para esse fim no Portugal 2020 – a fonte de financiamento será o Fundo de Coesão –, e, portanto, que o financiamento destes investimentos em transporte público urbano depende de uma proposta e da aprovação de Bruxelas.

 

Foi durante uma audição no Parlamento que o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, fez esta alusão que surpreendeu os deputados. E desafiou as bancadas do PSD e do CDS-PP a darem o acordo a essa revisão do plano, que viabiliza estes projectos que constam também do designado Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas (PETI), feito pelo anterior Governo de coligação à direita.

 

A Norte, em causa está uma nova ligação entre as estações da Casa da Música e S. Bento, no centro da cidade, e ainda o prolongamento da linha amarela entre Santo Ovídio e Vila d' Este, em Vila Nova de Gaia, num investimento de 287 milhões de euros. O concurso internacional para a elaboração dos projectos da duas novas linhas, a construir entre 2019 e 2022, foi lançado a 6 de Setembro.

 

Em Lisboa, o plano de desenvolvimento operacional, apresentado em Maio pelo ministro do Ambiente, inclui o prolongamento da linha amarela da estação do Rato até ao Cais do Sodré, passando a contar com novas estações na Estrela e em Santos; e ainda o prolongamento da linha vermelha, de São Sebastião até Campo de Ourique, assim como uma ligação pedonal entre o Rato e as Amoreiras.

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