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Duarte Cordeiro: "Ainda este ano haverá navios elétricos a navegar no Tejo"

O ministro do Ambiente reconheceu no Parlamento que "existe um problema na operação da Transtejo e Soflusa". Até ao fim do ano, garantiu, chegarão 4 dos 10 novos navios elétricos, que vão substituir frota da operação para o Seixal.

José Sena Goulão/Lusa
08 de Fevereiro de 2023 às 10:34
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O ministro do Ambiente e da Ação Climática garantiu esta quarta-feira no Parlamento que o primeiro dos 10 novos navios elétricos que vão integrar a frota da Transtejo/Soflusa vai chegar este trimestre e que mais três serão entregues até ao fim do ano.

"Ainda este ano haverá navios elétricos a navegar no Tejo", afirmou Duarte Cordeiro, recordando que a aquisição desta frota nova, "mais sustentável e mais confortável", implicou um investimento de 85 milhões de euros nos 10 navios, carregadores e baterias.

O responsável explicou, no entanto, que a entrada dos novos navios será feita "por grupos e não de forma individual", ou seja, "até ao final do mês o primeiro navio sairá das Astúrias", chegará até fim de março e "vai estar em testes e servirá para formação". "Vamos esperar que haja um grupo de 4 navios até ao fim do ano para aí fazer a substituição de frota na operação do Seixal", disse.


Em 2024 está prevista a chegada de mais quatro navios e em 2025 dos últimos dois, adiantou, acrescentando que o primeiro carregador chegará em junho/julho e o resto até ao fim do ano.

Duarte Cordeiro começou a sua intervenção por "reconhecer que existe um problema na operação na Transtejo e Soflusa", acrescentando que "o Governo que tem trabalhado para o ultrapassar em três dimensões: na frota, na operação e nos recursos humanos".


Além da aquisição de novos navios, garantiu que estão a ser recuperados os atuais, salientando os problemas que existem ao nível da oferta.   

 

"Em Cacilhas são necessários três cacilheiros mais um de reserva e neste momento temos dois. Só teremos três em maio e quatro em junho. Vamos continuar a ter dificuldades até meio do ano", disse. Já no Montijo e Seixal, acrescentou, "são necessários dois navios mais um, temos dois. Até ao fim do ano teremos três".


"Na Trafaria temos necessidade de um mais um e temos neste momento um. Não temos reserva", frisou, considerando que "é uma operação muito apertada".


"Não há viagens com passageiro a mais, há é menos viagens e mais procura", disse ainda, adiantando que a taxa de supressões na Transtejo em 2022 foi de 9% e na Soflusa de 8%, essencialmente devido a avarias dos navios e realização de greves, apontou.


Ouvido na comissão de economia no âmbito de requerimentos do PCP e do Bloco de Esquerda, Duarte Cordeiro admitiu que "os problemas com frotas e recursos humanos têm impedido uma recuperação mais acentuada".


No caso dos recursos humanos o ministro do Ambiente apontou que quer Transtejo quer Soflusa já admitiram trabalhadores e ambas as empresas têm vagas para preencher.


"Lamentamos imenso os constrangimento que têm existido", disse Duarte Cordeiro.


A Trantejo/Soflusa transportou cerca de 16 milhões de passageiros em 2022, mais cerca de 48% face a 2021, mais ainda 18% abaixo de 2019.

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