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Governo estima ter disponível maior parte da frota elétrica da Transtejo em 2023

O secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, estimou que os primeiros navios elétricos comecem a chegar a operar entre o fim deste ano e o início do próximo, adiantando que as baterias e os postos de carregamento já estão contratados.

Miguel Barreira
11 de Novembro de 2022 às 00:02
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O Governo perspetivou hoje no parlamento ter disponível a maior parte da frota elétrica de navios da Transtejo já durante o ano de 2023, adiantando que já tem duas das 10 embarcações previstas em teste.

"Nós acreditamos que durante o ano de 2023 a renovação da frota da Transtejo vai acontecer. Não sei se conseguiremos ter cá os 10 navios, mas acreditamos que grande parte dela chegará", indicou o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, aos deputados das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças, de Ambiente e Energia e de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, em audição sobre a apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2023.

Respondendo a uma questão levantada pela deputada comunista Paula Santos, o governante reconheceu que a qualidade do serviço prestado atualmente pela Transtejo/Soflusa "não é a desejável", mas manifestou-se otimista com as medidas previstas, nomeadamente no reforço da frota e dos recursos humanos.

"Nós temos autorizado a Transtejo a repor todos os seus quadros que, por uma razão ou por outra, têm saído. Estamos a trabalhar no plano de atividades para 2023, que vai continuar a repor e a acrescentar quadros", apontou.

Jorge Delgado estimou que os primeiros navios elétricos comecem a chegar a operar entre o fim deste ano e o início do próximo, adiantando que as baterias e os postos de carregamento já estão contratados.

Em setembro, a empresa tinha anunciado que a empreitada de construção e fornecimento de estações de carregamento da nova frota elétrica de navios da Transtejo já foi adjudicada pelo valor de cerca de 14,4 milhões de euros.

"Este fornecimento visa dotar os terminais fluviais do Cais do Sodré, Cacilhas, Seixal e Montijo de estações de carregamento de energia de terra para a nova frota de navios elétricos da Transtejo", referiu na altura a Transtejo/Soflusa, em comunicado.

Em agosto, a Trastejo anunciou que a entrega dos quatro primeiros navios da nova frota elétrica da empresa, que assegura ligações fluviais entre a Margem Sul e Lisboa, está prevista para o período entre dezembro deste ano e junho de 2023.

Em resposta a questões da agência Lusa, a administração da Transtejo-Soflusa explicou que dos 10 navios elétricos, que representam um investimento de 52,4 milhões de euros, quatro estão previstos ser entregues "entre dezembro de 2022 e junho de 2023", outros quatro "chegarão até final do ano de 2023 e os últimos dois navios, que completam o projeto, serão recebidos em 2024".

Segundo a empresa, a entrada ao serviço dos novos navios elétricos "ocorrerá após a sua chegada e a formação das respetivas tripulações".

A Transtejo-Soflusa registou uma evolução positiva do número de passageiros transportados entre 2013 e 2019, passando de 15,2 milhões para 19,3 milhões, registando-se nos dois anos seguintes, marcados pela pandemia de covid-19, uma redução significativa: 10,7 milhões transportados em 2020 e 10,6 milhões em 2021.

A Transtejo assegura as ligações fluviais a Lisboa a partir de Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, enquanto a Soflusa liga o Barreiro ao Terreiro do Paço, em Lisboa.
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