Notícia
Governo prepara "cartão refeição" para os transportes
O ministro do Ambiente anunciou que o projeto 1bilhete.pt, uma plataforma de bilhética nacional, vai ter resultados ainda este ano. Duarte Cordeiro disse ainda que está a ser desenvolvido o cartão de mobilidade pré-carregado, através do qual as empresas podem participar nas despesas com mobilidade dos trabalhadores.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática anunciou esta quarta-feira no Parlamento duas novas soluções para melhorar a mobilidade coletiva na área de bilhética, o "1bilhete.pt" e o "cartão refeição" para os transportes.
Duarte Cordeiro salientou que ainda esta semana vai ser apresentado o 1bilhete.pt, que "tem como objetivo estabelecer uma plataforma de bilhética nacional". "Este projeto preconiza a criação de um cartão único de transportes a nível nacional e prevemos ter resultados ainda este ano", disse.
Duarte Cordeiro anunciou ainda que "estamos a desenvolver o projeto de cartão de mobilidade, que visa criar uma solução semelhante ao cartão refeição, que será pré-carregado e utilizado em soluções de mobilidade sustentável, bem ou serviços, como passes e títulos de transporte público, incluindo viagens ocasionais, longo curso e sistemas de car ou bike sharing e talvez de velocípedes e carregamento de veículos elétricos".
Como explicou, "é uma forma das empresas portuguesas participarem nas despesas com mobilidade dos trabalhadores e desincentivar o uso do transporte individual com o objetivo melhorar qualidade de vida dos cidadãos e evitar que fiquem retidos em engarrafamentos nas cidades".
Sobre o projeto 1bilhete.pt (nome provisório), o secretário de Estado da Mobilidade Urbana, Jorge Delgado, explicou que "já há muito trabalho feito na área da bilhética nas duas áreas metropolitanas e há muitas comunidades intermunicipais (CIM) a querer trabalhar nessa matéria, mas não há um fio condutor entre agentes".
Por isso, disse, será assinado sexta-feira um protocolo com princípios de colaboração das duas áreas metropolitanas com o objetivo de "uniformizar critérios e disponibilizar produtos que já foram produzidos, muitos financiados por dinheiros públicos", que permitirá que qualquer CIM possa aderir e "não tenha de desenvolver um produto do zero".