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CP pede resolução da dívida histórica para competir

Para responder à concorrência que vai surgir com o aumento da rede que ficará consagrada no Plano Ferroviário Nacional, o vice-presidente da CP diz que a empresa precisa de sanear a dívida histórica e conseguir uma maior autonomia de gestão.

A CP foi o operador mais reclamado em 2020.
Manuel de Almeida/Lusa
19 de Abril de 2021 às 12:59
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O vice-presidente da CP, Pedro Moreira, alertou esta segunda-feira, na sessão de apresentação do Plano Ferroviário Nacional (PFN), que a operadora tem capacidade para dar resposta às exigências que irão ser definidas, mas lembrou que a empresa está ainda confrontada "com alguns problemas que têm de ser ultrapassados", como a "dívida histórica e a autonomia de gestão".

Para o responsável, é preciso "avançar rapidamente com a concretização do saneamento da dívida histórica e temos de conseguir uma maior autonomia de gestão, porque se não o fizemos quando a infraestrutura tiver melhores condições, a CP não conseguirá dar resposta à concorrência que vai aparecer".

"Não vamos ter a agilidade que tem um privado a esse nível e isso seria mau, não só para a CP mas também para o país", disse Pedro Moreira, acrescentando que a "CP tem de estar em condições de trabalhar em plena competitividade com os restantes".

O responsável considerou ainda que o PFN "vai trazer oportunidades", frisando que a linha de alta velocidade entre Lisboa e Porto "vai alterar geograficamente o país e vai aumentar substancialmente o número de passageiros".

Além de diminuir a distância e o tempo de viagem na nova linha, irá também "encurtar a distância entre as principais cidades e dar competitividade a linhas que tem menos tráfego atualmente", apontou, frisando que "com a ligação à linha de alta velocidade passam a ser mais competitivas, e provavelmente justificará a abertura de troços que estão encerrados porque podem não ser competitivos atualmente". "Penso que é necessário fazer essa análise", disse.

Para o vice-presidente da CP, a empresa "está preparada, existindo possibilidade de trabalhar ao nível de resolver problemas de gestão que tem atualmente, para dar resposta ao aumento e à competitividade com os privados que vão surgir".

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