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Concurso para gerir Metro do Porto foi “limpinho, limpinho”
O concurso para a subconcessão do Metro do Porto, ganho pelo grupo Barraqueiro, foi “limpinho, limpinho, ao contrário do anterior”, da responsabilidade do Governo de Passos Coelho, ironizou o ministro do Ambiente, em declarações ao Negócios.
A cerimónia que marcou o início da subconcessão para a operação e manutenção do metro do Porto, realizada esta tarde, 4 de Abril, na estação 24 de Agosto, teve um grande ausente: a Transdev, que geriu a operação entre 1997 e 2010, por via do consórcio Normetro, e ganhou o negócio em 2015.
O contrato, que tinha sido assinado durante o Governo de Passos Coelho com recurso a um ajuste directo, foi anulado pelo actual Governo. O grupo francês avançou então na Justiça com um pedido de indemnização, reclamando cerca de 11 milhões de euros, num processo que continua a decorrer em sede de tribunal arbitral.
"Foi hoje assinado um contrato por sete anos, que fica um bocadinho mais barato e é melhor. E o concurso foi limpinho, limpinho, ao contrário do anterior, que foi anulado e se transformou num ajuste directo, e que o Tribunal de Contas se preparava para o chumbar", contrapôs o ministro do Ambiente, em declarações ao Negócios.
Para o ministro João Pedro Matos Fernandes, que presidiu à cerimónia do contrato ganho pelo grupo Barraqueiro, a Transdev "não terá direito a indemnizações".
"A Justiça decidirá o que tiver de decidir, na certeza de que achamos absolutamente normal que os custos deste processo, na ordem das centenas de milhares de euros, venham a ser pagos. O resto não faz qualquer sentido", considerou.
O presidente da Metro do Porto alinhou com posição governamental. "A nossa opinião é clara e inequívoca desde o início: achamos que devem ser ressarcidos pelos custos do processo e nada mais", defendeu Jorge Delgado, que falava aos jornalistas no final da cerimónia.
(Notícia actualizada às 19:12)