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AMT diz que tem sustentabilidade em causa com cativações

O presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes disse que a cativação de 5,1 milhões de euros levanta problemas ao regulador para cumprir com salários e impede reforço do quadro de pessoal.

Bruno Simão/Negócios
12 de Abril de 2017 às 11:11
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O presidente da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), João Carvalho (na foto), mostrou-se esta quarta-feira, 12 de Abril, "preocupado" com a cativação de mais de 5 milhões de euros que o Governo vai  aplicar à entidade.

Na apresentação do plano de actividades para 2017 no Parlamento, o responsável salientou que a AMT tem receitas entre 13 e 14 milhões de euros e as cativações de que a AMT teve conhecimento na semana passada através rondam os 5,1 milhões de euros. Destes, explicou, cerca de quatro milhões têm a ver com salários.

"Estamos preocupados", afirmou o presidente do regulador do sector dos transportes, que adiantou já ter questionado a Direcção-Geral do Orçamento, designadamente sobre o aspecto legal da cativação.

"Compreendemos que é importante corrigir o défice, mas precisamos de mais meios para sustentar esta casa", afirmou o responsável, garantindo que a cativação "vai trazer à AMT problemas de sustentabilidade", quer no que respeita aos salários quer na aplicação do plano a que o organismo se propôs.

Em causa, afirmou, está a capacidade de AMT, que regula 29 mil empresas, "para cumprir com salários dos 49 trabalhadores ou para  recorrer a serviços como o observatório dos preços, que é fundamental".

No ano passado, o regulador funcionou com uma média de 30 pessoas, actualmente tem 49 colaboradores mas na sua criação está previsto que tenha 82.

"Com estas cativações não vamos conseguir ter as 82 pessoas", afirmou João Carvalho.

Ainda assim, João Carvalho mostrou-se convencido que o Governo entenda a questão e que "algumas descativações vão ter de ser feitas".

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