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Trabalhadores da TAP em protesto silencioso para exigir demissão da administração
A manifestação silenciosa e espontânea não tem ligação aos sindicatos e foi convocada através de mensagens que circularam entre os trabalhadores de todos os setores da transportadora, que se começaram a concentrar pelas 11 horas. Exigem a demissão de toda a administração da companhia.
Há mais de uma centena de trabalhadores da TAP que estão concentrados na entrada das instalações da sede da companhia, para exigir a demissão de toda a administração.
A manifestação silenciosa e espontânea não tem ligação oficial aos sindicatos e foi convocada através de mensagens publicadas nas redes sociais, que circularam entre os trabalhadores de todos os setores da transportadora, que se começaram a concentrar pelas 11 horas.
Na mensagem que circulou, citada pela Lusa, os trabalhadores da companhia aérea são chamados a manifestar-se de forma "pacífica e silenciosa", durante a hora de almoço. "Vamos exigir a sua demissão [do Conselho de Administração]", lê-se na missiva. "Vamos de forma ordeira mostrar a est@s senhor@s que a TAP não é Versailles e que não têm o nosso apoio nem nos podem exigir sacrifícios enquanto recolhem para eles benefícios despesistas", acrescentam.
De acordo com a Lusa, os trabalhadores estão a protestar em silêncio que, por vezes é interrompido por assobios, e já tentaram impedir a saída de alguns veículos.
Os manifestantes, que deverão pertencer a vários setores da companhia aérea, não querem prestar declarações aos jornalistas.
Mas em declarações à Sic, a coordenadora da Comissão de Trabalhadores, Cristina Carrilho, diz que "como trabalhadora" está "solidária" com os funcionários em protesto. Lembrando as várias polémicas que têm vindo a público nas últimas semanas e as propostas de Acordos de Empresa que têm chegado aos sindicatos e que "cortam muitos direitos aos trabalhadores", Cristina Carrilho considera que os trabalhadores "estão no direito de exigir a demissão da administração" que consideram "não ter condições para continuar".
A CEO da TAP foi chamada ao Parlamento para dar explicações sobre o caso, com a audição marcada para a próxima quarta-feira, 18 de janeiro.