A TAP perdeu, de acordo com o seu presidente, 5 milhões de euros com o pré-aviso de greve dos seus trabalhadores, que contestavam contra os cortes salariais impostos nos últimos anos.

“Perdemos em torno de 20 mil reservas”, confirmou Fernando Pinto em entrevista no programa do Negócios na CMTV, na tarde desta quinta-feira, 22 de Março. O valor médio, disse, ascende a 5 milhões de euros.

“Mas estamos com uma boa recuperação, diria muito boa até”, adiantou o presidente da TAP, calculando um ritmo de recuperação de 16%.

Esse desempenho deve-se ao cancelamento da greve após o acordo que uniu os trabalhadores e a administração. Os primeiros contestavam o facto de os cortes salariais a que estavam obrigados pelo Orçamento do Estado de 2013 somarem-se ao corte nas progressões de carreira e nas diuturnidades impostos nos dois anos anteriores. A administração, com autorização do Governo, anulou o impacto das reduções de 2011 e 2012 para aplicar a lei deste ano.

E, na opinião da administração, havia razões para que os trabalhadores contestassem. “Sem dúvida nenhuma” é o que Fernando Pinto responde quando questionado se os trabalhadores da TAP tinham razão para convocar a greve. “Havia algo que não fazia sentido ali”, adiantou.