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Ryanair "protegida" da subida do petróleo em 2022 prevê "meses difíceis" para a aviação

O CEO da Ryanair, Michael O'Leary, declarou esta quarta-feira que os próximos 12 meses serão "muito difíceis" para o setor da aviação, devido à subida do preço do petróleo. O'Leary garante, no entanto, que a companhia está mais "protegida" do que a concorrência e vai conseguir manter os preços baixos em 2022.

Tribunal diz que ajudas à aviação respeitaram a lei da União.
Jason Cairnduff/Reuters
02 de Março de 2022 às 09:48
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Os próximos 12 meses serão "muito difíceis" para as companhias de aviação, numa altura em que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia está a impulsionar a escalada do preço do petróleo. A previsão foi adiantada esta quarta-feira por Michael O’Leary, CEO da Ryanair.

O responsável garante que a low cost irlandesa está, no entanto, bem preparada para enfrentar a crise em 2022, e vai conseguir manter os preços baixos, ao contrário do que deverá acontecer com a concorrência. "Temos asseguradas 80% das nossas necessidades de combustível até março de 2023. Para este verão, e para o resto do ano, vamos conseguir praticar tarifas baixas porque temos uma forte cobertura de posição", referiu, em declarações citadas pela Reuters. 

O mesmo não deverá acontecer com as companhias concorrentes, prevê O'Leary, que deverão aumentar os preços das viagens para fazer face ao aumento do preço da matéria-prima, que já ultrapassou os 110 dólares por barril.

Na semana passada, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, as reservas na Ryanair cairam 20% no imediato, mas O'Leary assegura que já se nota uma recuperação, e acredita que a procura será forte na Páscoa e no verão. 

Outra das preocupações do setor é a escalada da inflação, que também ameaça a recuperação da aviação, após dois anos de pandemia, mas também aqui o CEO da Ryanair se mostra tranquilo, apesar de reconhecer que "as pessoas estão mais sensíveis aos preços". 

Em relação ao impacto da guerra na Ucrânia, O'Leary revelou ainda que a Ryanair vai redirecionar os voos que tinha para o país para outras geografias, incluindo Portugal. A companhia operava em quatro aeroportos da Ucrânia, e transportava cerca de dois milhões de passageiros por ano, originários da Alemanha, Polónia e Roménia. Segundo a Bloomberg, esses voos serão redirecionados para países do sul da Europa, como Portugal, Espanha, Grécia e Itália. 

Nas declarações desta quarta-feira, Michael O'Leary revelou ainda que a companhia vai acrescentar 14 novas rotas a partir dos aeroportos de Londres (Gatwick, Luton e Stansted) incluindo para a Madeira.
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