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Ryanair cancela mais de 40 voos até quarta-feira de e para Portugal

O aeroporto do Porto é o mais afectado pelos cancelamentos motivados por regularização de férias dos pilotos: já há 30 voos cancelados entre sábado e quarta-feira. Quatro deles afectam a ponte aérea para Lisboa.

7 - Ryanair
Bloomberg / Reuters / Getty Images
18 de Setembro de 2017 às 15:05
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O cancelamento de voos da Ryanair, depois do mau planeamento de escalar dos pilotos ter deixado a empresa a braços com dificuldades de tripulação, já levou a que pelo menos 43 voos da companhia de e para Portugal tenham sido cancelados desde sábado e até à próxima quarta-feira.

Segundo as listas publicadas no site da companhia aérea, no sábado foram cancelados dez destes voos e este domingo mais nove. Para esta segunda-feira está previsto a não realização de mais oito voos, sendo esperados 12 cancelamentos na terça-feira e mais quatro na quarta-feira.

O aeroporto mais afectado está a ser o Sá Carneiro, no Porto, onde a empresa tem uma base operacional. Nestes cinco dias para os quais há dados disponíveis - sábado a quarta-feira -, a Invicta já viu serem cancelados 30 voos. Faro teve sete cancelamentos e o aeroporto de Lisboa foi afectado por dez cancelamentos (quatro dos quais dizem respeito às ligações Lisboa-Porto).

Para os próximos dias, são esperados mais pelo menos 16 interrupções - os voos aqui apontados são os que estão disponíveis a esta hora, podendo no entanto ser sujeitos a actualizações. A Ryanair disponibiliza um endereço onde é possível acompanhar os cancelamentos.







Ao longo das próximas seis semanas a companhia espera cancelar entre 40 a 50 voos por dia, alegando necessidade de melhorar os seus níveis de pontualidade (que caíram abaixo dos 80% nas duas primeiras semanas de Setembro) devido a greves, atrasos na gestão de tráfego, mau tempo.


Em causa está a mudança na forma como as horas de voo são contabilizadas. Pelas regras europeias, um piloto só pode voar 900 horas por ano e 100 horas por mês. Na Irlanda, esta contabilização iniciava-se no mês de Abril de cada ano enquanto outros estados-membros da UE iniciavam essa contagem em Janeiro.

A autoridade irlandesa de aviação diz agora que a Ryanair tem de adoptar o sistema do resto dos membros da UE, o que leva a que muitos pilotos tenham atingido durante o Verão ou em Setembro o limite anual de horas. Além disso, a companhia refere questões relacionadas com a melhoria dos indicadores de pontualidade, esperando evoluir neste aspecto com mais pessoal de voo disponível com os cancelamentos, refere o The Irish Times.

Essa circunstância obrigou a empresa, segundo o CEO Michael O'Leary, a conceder férias ao pessoal nos quatro meses que faltam até ao final do ano.

O mesmo meio refere que, segundo o sindicato irlandês dos pilotos, a companhia está a sofrer uma "hemorragia" de pilotos para outras empresas, um cenário que é negado pelo CEO da companhia, Michael O'Leary.

"Fizemos asneira no planeamento das férias dos pilotos e estamos a trabalhar para o corrigir," tinha afirmado o administrador responsável pelo marketing, Kenny Jacobs, citado pelo Financial Times. 

De acordo com a Bloomberg, pelo menos 385 mil passageiros poderão ser afectados pela não realização de voos. Os clientes afectados poderão ser reembolsados do valor gasto nos bilhetes ou optar por alternativas de deslocação.

Segundo o site da companhia, os clientes podem pedir um cancelamento da reserva e requisitar o reembolso relativo à viagem não realizada. A empresa refere que os pedidos de reembolso serão processados em sete dias úteis e que o dinheiro será devolvido através do mesmo meio usado originalmente aquando da reserva da viagem.

Há ainda disponível a alternativa de mudar a data do voo para uma posterior, opção sem encargos adicionais e dependente da disponibilidade de lugar, ou até de alterar o local de partida ou de chegada do voo de substituição.

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