Notícia
Cancelamento de voos leva Ryanair a cair quase 5% em bolsa
Analistas temem perda de receita por parte da companhia, devido aos pagamentos e compensações associados às centenas de voos cancelados pela companhia nas próximas seis semanas devido ao mau planeamento de férias dos pilotos.
Os títulos da Ryanair chegaram a cair quase 5% em bolsa na sessão desta segunda-feira, 18 de Setembro, depois de o mau planeamento de escalas dos pilotos e mudanças na forma como são contabilizadas as horas de voo ter deixado a empresa a braços com reservas a mais, levando a companhia aérea low-cost a cancelar centenas de voos.
Em causa está a não realização, até ao fim de Outubro, de 2.000 voos que correspondem a cerca de 2% das operações diárias da transportadora, mas que ainda assim arriscam deixar em terra ou obrigar a aceitar alternativas centenas de milhares de passageiros.
As acções da empresa liderada por Michael O'Leary (na foto) recuam 2,64% para 16,62 euros, depois de terem estado a perder 4,8% esta manhã.
De acordo com a nota difundida na sexta-feira passada, ao longo das próximas seis semanas a companhia espera cancelar entre 40 a 50 voos por dia, alegando necessidade de melhorar os seus níveis de pontualidade (que caíram abaixo dos 80% nas duas primeiras semanas de Setembro) devido a greves, atrasos na gestão de tráfego e mau tempo.
Na base das interrupções está a mudança na forma como as horas de voo são contabilizadas. Pelas regras europeias, um piloto só pode voar 900 horas por ano e 100 horas por mês. Na Irlanda, esta contabilização iniciava-se no mês de Abril de cada ano enquanto outros estados-membros da UE iniciavam essa contagem em Janeiro.
A autoridade irlandesa de aviação diz agora que a Ryanair tem de adoptar o sistema do resto dos membros da UE, o que leva a que muitos pilotos tenham atingido durante o Verão ou em Setembro o limite anual de horas. Essa circunstância obrigou a empresa, segundo o CEO Michael O'Leary, a conceder férias ao pessoal nos quatro meses que faltam até ao final do ano.
Além disso, a companhia refere questões relacionadas com a melhoria dos indicadores de pontualidade, esperando evoluir neste aspecto com mais pessoal de voo disponível com os cancelamentos.
"Fizemos asneira no planeamento das férias dos pilotos e estamos a trabalhar para o corrigir," afirmou o administrador responsável pelo marketing, Kenny Jacobs, citado pelo Financial Times.
De acordo com a Bloomberg, pelo menos 385 mil passageiros poderão ser afectados pela não realização de voos. Os clientes afectados poderão ser reembolsados do valor gasto nos bilhetes ou optar por alternativas de deslocação.
"O que nos preocupa é o potencial de danos de longo prazo. As fracas relações públicas poderão impedir novas reservas e podem afastar a procura por parte de clientes para quem a pontualidade é crucial, como as viagens de negócios, já que a transportadora passa a ser vista como pouco confiável e pontual," afirmou numa nota a clientes Damian Brewer, da RBC Capital Markets.
Outro analista citado pelo FT - Gerald Khoo, da Liberum - antevê dezenas de milhões de euros perdidos em receita devido às devoluções e compensações que terão de ser pagas aos clientes.
Em causa está a não realização, até ao fim de Outubro, de 2.000 voos que correspondem a cerca de 2% das operações diárias da transportadora, mas que ainda assim arriscam deixar em terra ou obrigar a aceitar alternativas centenas de milhares de passageiros.
De acordo com a nota difundida na sexta-feira passada, ao longo das próximas seis semanas a companhia espera cancelar entre 40 a 50 voos por dia, alegando necessidade de melhorar os seus níveis de pontualidade (que caíram abaixo dos 80% nas duas primeiras semanas de Setembro) devido a greves, atrasos na gestão de tráfego e mau tempo.
Na base das interrupções está a mudança na forma como as horas de voo são contabilizadas. Pelas regras europeias, um piloto só pode voar 900 horas por ano e 100 horas por mês. Na Irlanda, esta contabilização iniciava-se no mês de Abril de cada ano enquanto outros estados-membros da UE iniciavam essa contagem em Janeiro.
A autoridade irlandesa de aviação diz agora que a Ryanair tem de adoptar o sistema do resto dos membros da UE, o que leva a que muitos pilotos tenham atingido durante o Verão ou em Setembro o limite anual de horas. Essa circunstância obrigou a empresa, segundo o CEO Michael O'Leary, a conceder férias ao pessoal nos quatro meses que faltam até ao final do ano.
Além disso, a companhia refere questões relacionadas com a melhoria dos indicadores de pontualidade, esperando evoluir neste aspecto com mais pessoal de voo disponível com os cancelamentos.
"Fizemos asneira no planeamento das férias dos pilotos e estamos a trabalhar para o corrigir," afirmou o administrador responsável pelo marketing, Kenny Jacobs, citado pelo Financial Times.
De acordo com a Bloomberg, pelo menos 385 mil passageiros poderão ser afectados pela não realização de voos. Os clientes afectados poderão ser reembolsados do valor gasto nos bilhetes ou optar por alternativas de deslocação.
"O que nos preocupa é o potencial de danos de longo prazo. As fracas relações públicas poderão impedir novas reservas e podem afastar a procura por parte de clientes para quem a pontualidade é crucial, como as viagens de negócios, já que a transportadora passa a ser vista como pouco confiável e pontual," afirmou numa nota a clientes Damian Brewer, da RBC Capital Markets.
Outro analista citado pelo FT - Gerald Khoo, da Liberum - antevê dezenas de milhões de euros perdidos em receita devido às devoluções e compensações que terão de ser pagas aos clientes.