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Ponce de Leão: "Oferta cartelizada” nos voos para a Madeira foi uma “metáfora”
Jorge Ponce de Leão, presidente da ANA diz que quando se referiu à existência de um cartel entre a Easyjet e a TAP nos voos para a Madeira o fez "de forma metafórica e talvez inapropriada".
Jorge Ponce de Leão, presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, diz que usou de forma metafórica a expressão cartelizada" para se referir à oferta de voos existentes entre Lisboa e a Madeira, disponibilizada pelo Easyjet e a TAP, numa entrevista ao Negócios.
O esclarecimento de Ponce de Leão surge esta sexta-feira, 17 de Fevereiro, depois de ontem o grupo parlamentar de o PS ter entregue um requerimento para ouvir o presidente da ANA e também a ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil) e a AdC (Autoridade da Concorrência) sobre esta matéria.
O presidente da ANA, em nota enviada ao Negócios, afirma que a expressão "oferta cartelizada", usada na entrevista ao Negócios não representa "a denúncia da prática de uma concertação em sentido próprio entre as operadoras da rota do Funchal".
"Não foi esse o alcance nem a intenção das minhas palavras que, de forma metafórica e talvez inapropriada, se limitavam a constatar uma situação de mercado em que, existindo uma procura com elasticidade limitada pelas circunstâncias e uma oferta condicionada, conduz na prática a um mercado distorcido pelos próprios mecanismos do funcionamento deste", acrescenta
Para Ponce de Leão, a questão relativamente aos voos entre Lisboa e o Funchal não é de eliminar um "cartel que não existe", mas "sim de ampliar a oferta, seja das operadoras actuais seja pela entrada de um novo operador" que "ainda não conseguimos concretizar, apesar de todos os esforços que temos vindo a realizar nesse sentido".
Carlos Pereira, deputado e opinião do vice-presidente do grupo parlamentar do PS, que é madeirense, que avançou com o requerimento para ouvir os reguladores, quer saber o que se passa nesta rota tendo sublinhado ontem ao Negócios que ele próprio defende há muito a entrada de um terceiro operador, de forma a baixar o preço dos bilhetes, até porque o modelo actual não tem atingindo o seu objectivo prioritário que era o da redução das tarifas.