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Pedro Nuno Santos lembra que a TAP “dá prejuízo” e “não pode aumentar os custos laborais”

Aviso do ministro das Infraestruturas e da Habitação é feito no dia em que a TAP reúne-se com 11 sindicatos e depois de o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil ameaçar avançar para greve, caso se mantenham os cortes salariais de 35%

António Cotrim
24 de Junho de 2022 às 14:16
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O ministro da Habitação e das Infraestruturas lembrou aos trabalhadores da TAP que a empresa ainda "dá prejuízo" e que por isso "não pode aumentar os custos laborais" frisando que as greves são "altamente disruptivas para a empresa e para o país" e que podem por em causa o plano de reestruturação assinado com Bruxelas.


À margem da cerimónia de consignação da eletrificação da linha do Algarve, Pedro Nuno Santos, disse que a TAP "está num processo difícil de recuperação e não tem a margem financeira toda que lhe permita aumentar, de forma desorganizada ou desestruturada, os custos laborais.


"Foram assinados acordos de emergência e não esperamos outra coisa que não seja o seu cumprimento", disse Pedro Nuno Santos. "A TAP ainda é uma empresa a atravessar dificuldades com uma enorme pressão financeira" e "não está propriamente em situação financeira que lhe permita reverter os cortes que foram fundamentais para sustentar a situação da empresa", frisou.


O alerta é deixado pelo ministro no mesmo dia em que a administração da TAP vai reunir com a plataforma de 11 sindicatos e depois de os pilotos da companhia ameaçarem com greve, caso se mantenham os cortes salariais de 35%.  


A empresa, frisa ainda Pedro Nuno Santos, está a recuperar a estabilidade e a "aproximar-se dos valores de 2019, o melhor ano de sempre" mas mesmo nesse ano a TAP "também deu prejuízo", por isso, acrescentou, "não basta voltar aos níveis de atividade de 2019 para repor as condições que se tinha antes de 2019".


Um dia depois da reunião com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), que se arrastou durante cinco horas, o ministro manifestou o desejo de se "ter a paz social que a TAP precisa e o país merece" tendo a certeza de que "os sindicatos estão conscientes da situação da empresa".


"Esperamos que não haja greves no verão", apelou o ministro. Até porque, continua, "as paralisações são altamente disruptivas para a empresa e para o país".


O ministro que tutela a empresa, sublinhou que a administração tem total autonomia de gestão e aproveitou ainda para vincar que "os portugueses fizeram um investimento massivo para salvar uma companhia aérea que era muito importante para a economia nacional" e que, por isso, "o país não compreenderá depois do esforço que fez para salvar a TAP, que ao segundo ano do plano de reestruturação a empresa entre numa situação de conflitualidade social".


Sobre a reunião que decorreu ontem com o SPAC, o governante não adiantou qualquer detalhe mas disse que a TAP está "sempre disponível para ir trabalhando com os trabalhadores para ir fazendo alguns ajustamentos possíveis, que não ponham em causa a situação financeira da empresa, nem os planos de reestruturação negociados e acordados com Bruxelas".

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