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Pedro Nuno Santos: "Era  importante não fecharmos portas à expansão" do novo aeroporto

"O passado mostra que errámos em todas as projeções sobre a procura", afirmou o ministro das Infraestruturas, para quem "o pior que podemos fazer às gerações futuras foi o que fizeram connosco".

Mariline Alves
29 de Novembro de 2022 às 19:11
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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, apelou esta terça-feira, na conferência "Novo aeroporto: tempo de decidir", promovida pelo Conselho Económico e Social e pelo jornal Público, que na decisão que for tomada "pensemos nas gerações futuras, quer a nível ambiental quer nas potencialidades futuras de desenvolvimento económico".


Frisando que "normalmente as projeções de procura saem furadas" e que no caso da ANA elas foram "largamente ultrapassadas", o responsável salientou que "não precisamos de fazer um aeroporto com quatro pistas amanhã", mas que "era  importante não fecharmos portas a uma expansão porque não sabemos o dia de amanha". Em seu entender, esse "é um dos pontos que devemos ter em atenção quando formos tomar uma decisão".

"O pior que podemos fazer às gerações futuras foi o que fizeram connosco", disse, lembrando que "o passado mostra que errámos em todas as projeções sobre a procura".

Pedro Nuno Santos salientou ainda a vantagem do hub do aeroporto de Lisboa para a TAP, para frisar que "não há nenhuma razão de fundo, que não seja superável, para que a TAP através do hub não dispute mercado na América Latina com a Iberia", designadamente Argentina, Chile e México. "Lembro-me de duas: capital e capacidade aeroportuária para desenvolver o hub", disse.


"A TAP e o aeroporto são duas faces da mesma moeda, não são separáveis", disse.


O ministro recordou que o Governo espera no final do próximo ano ter o relatório da comissão técnica independente que foi encarregue de fazer a avaliação ambiental estratégica às opções em cima da mesa para reforçar a capacidade aeroportuária da região de Lisboa, avisando que com a decisão política que será tomada "de certeza que não vamos estar todos de acordo".

Pedro Nuno Santos admitiu que o tema do novo aeroporto "espelha um dos nossos grandes defeitos: a incapacidade coletiva de conseguirmos decidir e executar", acrescentando que o atual aeroporto está saturado e, com isso, qualquer atraso num voo tem consequências no resto do dia.

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