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Passos apela a pilotos que desconvoquem o que sindicato não desconvocou

O primeiro-ministro apelou aos pilotos da TAP para que travem a greve, com início previsto para esta sexta-feira, e lamentou a opção do 1 de Maio para um exercício "tão pouco digno e pedagógico" do direito à greve.

30 de Abril de 2015 às 23:17
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"Eu espero sinceramente que a generalidade dos pilotos da TAP não se reveja na posição do seu sindicato. E que daí tire as suas consequências e que faça aquilo que o sindicato não teve flexibilidade para fazer: desconvocar aquela greve. Se o sindicato não teve a flexibilidade para o fazer, que os pilotos possam permitir que a TAP continue a voar nos próximos anos", disse esta quinta-feira o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, num jantar comemorativo do 1 de Maio, organizado pelos Trabalhadores Social Democratas no Porto.

 

Passos Coelho lamentou também que o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil tenha escolhido o 1 de Maio para "fazer um exercício tão pouco digno, tão pouco pedagógico do que deve ser o direito à greve".

 

"Estamos a poucas horas de um sindicato poder pôr em causa o futuro de toda uma empresa. Como é que é possível em 2015, 41 anos depois do 25 de Abril, vivendo nós num regime democrático, meia dúzia de pessoas, um sindicato que tem contra si quase todos os outros sindicatos daquela empresa, pôr em risco (...) o futuro da empresa, do emprego naquela empresa, de muitas empresas em Portugal?", questionou o também presidente do Partido Social Democrata (PSD).

 

Pedro Passos Coelho disse que "o Governo quis preservar as melhores condições para a empresa" e que, por isso, "negociou com todos os sindicatos", mas que, depois de alcançado um acordo, "agora há um sindicato que quer negociar tudo outra vez".

 

"Isto não é uma posição de seriedade", criticou o primeiro-ministro, que acrescentou ter pena que "este 01 de Maio esteja ao serviço de quem não está seguramente ao serviço dos trabalhadores".

 

O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil anunciou hoje que mantinha a greve que se inicia à meia-noite, considerando que a administração da TAP não deu as "contrapartidas suficientes" para recuar na paralisação.

 

"Não temos as contrapartidas suficientes", disse em conferência de imprensa o diretor do SPAC, Hélder Santinhos, depois de ter afirmado que a greve de 10 dias dos pilotos da TAP e da Portugália se inicia mesmo à meia-noite.

 

Momentos depois, o ministro da Economia, Pires de Lima, apelou também aos pilotos da TAP para que trabalhem nos próximos dez dias e considerou que a greve terá "efeitos muito negativos para a sustentabilidade da empresa".

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