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“Nem Infraestruturas nem Finanças tinham interesse na substituição de Alexandra Reis”, diz Miguel Cruz

O antigo secretário de Estado do Tesouro, que está a ser ouvido na comissão de inquérito à TAP, garantiu que só soube da indemnização de 500 mil euros à antiga administradora da companhia aérea pela comunicação social.

Mariline Alves
30 de Maio de 2023 às 18:27
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O antigo secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, recorda-se "bem" do email enviado por Alexandra Reis, a 29 de dezembro de 2021 a colocar o lugar à disposição no seguimento da alteração acionista da TAP com a saída de Humberto Pedrosa.

Na visão de Miguel Cruz, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito à TAP, este email "cumpre um formalismo muito habitual", uma vez que a antiga administradora da companhia aérea "tinha uma ligação ao acionista que tinha saído" do capital da empresa, recordou. Alexandra Reis foi nomeada para o "board" da TAP por Humberto Pedrosa, que em 2015 venceu a privatização da empresa através do consórcio Atlantic Gateway.

Depois de receber o email, "indaguei o então secretário de Estado das Infraestruturas,  Hugo Mendes, se havia alguma questão. E a informação que tive foi muito clara: estavam muito satisfeitos com a Alexandra Reis e não havia intenção de a substituir. A minha leitura foi a mesma. Nem as  Infraestruturas nem eu tínhamos interesse na substituição de Alexandra Reis", reforçou.

Questionado sobre a saída da antiga administradora, poucos meses depois, com uma indemnização de 500 mil euros, Miguel Cruz garantiu que só teve conhecimento dos moldes e valores pela comunicação social. Foi a 24 de dezembro que o Correio da Manhã noticiou a polémica indemnização que levou à realização da atual CPI.

Sobre o anúncio da renúncia em concreto, disse ter tido conhecimento através do comunicado enviado à CMVM  pela TAP, em fevererio de 2022.

Questionado pelo deputado do PSD, Paulo Moniz, se não tinha tido curiosidade em saber os motivos, respondeu: "Não tinha curiosidade de saber uma coisa que não se sabia". Só depois da notícia do CM é que se veio a descobrir que os moldes da saída de Alexandra Reis que afinal tinha sido por mutuo acordo e que segundo o relatório da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) incumpre as regras do estatuto de gestor público.

(Notícia atualizada às 19h20 com mais informação)
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