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Neeleman acredita que TAP tem lucros em 2016

Depois dos prejuízos de 99 milhões de euros em 2015, a TAP pode regressar ao verde, segundo espera o accionista David Neeleman. Os baixos preços do petróleo abrem margem "para fazer o que é preciso "para tornar a empresa mais eficiente", diz David Neeleman à Bloomberg.

Sara Matos
12 de Agosto de 2016 às 08:04
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A TAP deve regressar aos lucros este ano, um terreno que não conhece desde 2007. No ano passado, as perdas foram de 99 milhões de euros que o accionista David Neeleman acredita que poderão ser invertidas em 2016. 

 

Foi em entrevista à agência de informação Bloomberg, a partir de Nova Iorque, que o accionista da TAP revelou o optimismo. O lucro ocorre no momento em que estão a sentir-se os efeitos dos ajustamentos iniciados em 2015, quando entrou na companhia aérea, declara. 

Em Abril, depois de prejuízos de quase três digítos, Humberto Pedrosa tinha evidenciando que os resultados estavam penalizados pela Venezuela e que havia "esperança" de que se poderia manter o ritmo, de forma a "fechar 2016 sem prejuízos. Meses depois, o sócio Neeleman mantém a posição.
 

A TAP está de volta a uma condição financeira positiva, enunciou David Neeleman à Bloomberg. "Sentimos aqui boas coisas. Os aviões estão cheios, os preços estão a subir".

 

"Com base nas projecções em que o petróleo permanece abaixo dos 50 dólares por barril nos próximos anos, ficamos com a oportunidade de fazer o que precisamos para tornar a companhia mais eficiente", anunciou o empresário americano à agência. Não são especificadas as medidas que estão em causa.

 

Depois da reversão do negócio feito pelo Governo anterior, a Atlantic Gateway detém 50% da TAP, a mesma percentagem que o Estado – este é um consórcio entre Neeleman e Humberto Pedrosa, em que também participam os chineses da HNA. E tudo está a correr bem com os parceiros, incluindo o Executivo, representado pelo ministro Pedro Marques, sublinha o accionista. Em Julho, o Expresso noticiou que a Azul tinha feito uma parceria com a alemã Condor para o Brasil, mercado estratégico para a TAP, sem informar o sócio Pedrosa.

 

Neeleman, que tem também boas expectativas em relação à sua companhia aérea brasileira Azul, declara que a empresa portuguesa fez bem em apostar nos voos para os Estados Unidos, nomeadamente para escapar à fragilidade economia no Brasil.

 

Contra o empresário americano tem actuado a associação Peço a Palavra, que sempre foi contra a privatização da empresa, dizendo que Neeleman usa a TAP para beneficiar a Azul.

 

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