Notícia
João Leão: Fundos Airbus podem ter "beneficiado acionistas privados em prejuízo da TAP"
Antigo ministro das Finanças garante que a operação dos fundos Airbus nunca lhe foi comunicada. E pode ter servido para beneficiar acionistas privados em prejuízo da transportadora.
O antigo ministro das Finanças João Leão garante que desconhecia a operação dos fundos Airbus que permitiu capitalizar a TAP com mais de 220 milhões de euros em 2015. Essa operação permitiu que a construtora entregasse mais de 220 milhões de euros ao consórcio privado que em 2015 detinha 61% da TAP. Em troca, a companhia alterou o plano de compras de novos aviões, desistindo de um modelo em troca de outros.
"Não tive nenhum conhecimento desse processo", assegurou João Leão, que assumiu a pasta em junho de 2020, quando a pandemia já tinha feito a TAP entrar em dificuldades financeiras graves.
"Nunca me foi comunicado que isso tivesse ocorrido", repetiu na comissão parlamentar de inquérito à TAP, sublinhando que tem "muita dificuldade em entender essa operação".
Ressalvando que sobre a operação sabe apenas o que foi noticiado pela comunicação social, o antigo governante diz que "a ser verdade o que se tem transmitido", uma operação em que "o desconto comercial ronda os 300 milhões de euros" pode ter significado "beneficiar acionistas privados em prejuízo da TAP". Pode "lesionar os interesses do Estado", afirmou.
"Não tive nenhum conhecimento desse processo", assegurou João Leão, que assumiu a pasta em junho de 2020, quando a pandemia já tinha feito a TAP entrar em dificuldades financeiras graves.
Ressalvando que sobre a operação sabe apenas o que foi noticiado pela comunicação social, o antigo governante diz que "a ser verdade o que se tem transmitido", uma operação em que "o desconto comercial ronda os 300 milhões de euros" pode ter significado "beneficiar acionistas privados em prejuízo da TAP". Pode "lesionar os interesses do Estado", afirmou.