Notícia
Interessadas na TAP em silêncio
A Air France-KLM, IAG e Lufthansa estão a aguardar o desenvolvimento dos acontecimentos da crise política em Portugal. Por isso, preferem não fazer comentários sobre a incerteza em torno da venda da TAP nem sobre se mantêm o interesse caso o processo seja adiado.
A crise política em que o país mergulhou deixou várias questões em aberto, entre as quais o processo de privatização da TAP. O processo vai avançar? Quando? E nos mesmos moldes? São perguntas que de momento não têm resposta, estando dependentes da decisão desta quinta-feira do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Até ao momento, nenhuma das empresas que manifestou interesse em entrar na corrida fez qualquer comentário sobre o tema. Contactadas pelo Negócios, não responderam às perguntas enviadas, nomeadamente sobre se mesmo que o processo de venda seja adiado mantêm o interesse.
A Air France-KLM de momento prefere não fazer comentários, uma posição partilhada pela IAG, dona da Iberia. A Lufthansa ainda não respondeu ao pedido até agora.
Já fonte oficial da IAG refere que está a aguardar "o desenvolvimento dos acontecimentos".
As intenções do Governo liderado por António Costa - que apresentou demissão no seguimento da investigação aos negócios de lítio e hidrogénio que resultou em cinco detenções e a constituição do ministro das Infraestruturas, João Galamba, como um dos arguidos - passavam por ter o caderno de encargos da venda de pelo menos 51% da TAP até ao final do ano e a operação concluída até ao primeiro semestre de 2024.
Agora, com o país envolto numa nuvem de incerteza governativa, a concretização destes objetivos é uma incógnita. Até porque no caso de novas eleições e dependente de quem formar Governo a venda da companhia de bandeira pode vir a cair, pelo menos nestes moldes.