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Greve da Ryanair cancela dez voos em Lisboa e no Porto  

Os tripulantes de cabine da transportadora aérea Ryanair cumprem hoje e quinta-feira uma greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional.

7 - Ryanair
Bloomberg / Reuters / Getty Images
25 de Julho de 2018 às 08:44
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Dez voos para hoje foram já cancelados nos aeroportos de Lisboa e no Porto devido à greve dos tripulantes de cabine da Ryanair, segundo informação disponível às 07:30 na página da ANA -- Aeroportos de Portugal.

 

Os tripulantes de cabine da transportadora aérea Ryanair cumprem hoje e quinta-feira uma greve europeia para exigirem a aplicação da lei nacional.

 

De acordo com informação disponível na página da ANA, às 07:30 estavam cancelados dois voos que deviam partir do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com destino a Beauvais, Paris (França) e outro para a ilha Terceira, nos Açores.

 

Estão também cancelados quatro voos com partida prevista do aeroporto Sá Carneiro, no Porto, com destino a Bruxelas (Bélgica) e Marselha, Clermont-Ferrand e Lorient (França).

 

Estão ainda cancelados quatro voos com chegada prevista ao Porto provenientes de Bruxelas (Bélgica) e Marselha, Clermont-Ferrand e Lorient (França).

 

Às 07:30 não havia mais informação sobre cancelamentos de voos da Ryanar na página da ANA.

 

A decisão de partir para a greve foi tomada a 05 de julho numa reunião, em Bruxelas, entre vários sindicatos europeus para exigirem que a companhia de baixo custo aplique as leis nacionais laborais e não as do seu país de origem, a Irlanda.

 

Com a greve, os trabalhadores querem exigir que a transportadora irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e que retire processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.

 

A Ryanair tem estado envolvida, em Portugal, numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de Abril.

 

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) tem denunciado, desde o início da paralisação, que a Ryanair substitui ilegalmente grevistas portugueses, recorrendo a trabalhadores de outras bases.

 

A empresa admitiu ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve.

 

Por essa razão, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) tem, "desde a semana passada, vindo a acompanhar esta situação e a desenvolver todos os passos necessários para identificar situações que possam, eventualmente, ferir a legalidade do nosso quadro constitucional do direito à greve", acrescentou.

 

No domingo, a ACT anunciou ter desencadeado uma inspecção na Ryanair em Portugal para avaliar as irregularidades apontadas pelo SNPVAC.

 

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