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Governo prepara fundo para captar novas rotas aéreas

O novo instrumento de captação de rotas aéreas deverá estar operacional ainda no primeiro semestre. As ligações a mercados considerados “estratégicos” para a economia portuguesa são uma prioridade.

Miguel Baltazar/Negócios
25 de Fevereiro de 2016 às 12:58
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O Governo está a trabalhar num novo mecanismo de captação de novas rotas e companhias aéreas para Portugal. A informação foi avançada ao Negócios pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

"Neste momento, estamos a preparar um novo fundo de captação de rotas aéreas e operações turísticas", informou a responsável à margem da apresentação da edição de 2016 da BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa.

Ana Mendes Godinho escusou-se a entrar em mais pormenores, porque os trabalhos estão ainda numa fase inicial, mas espera que este novo fundo esteja operacional já no primeiro semestre de 2016.

A definição das rotas a apoiar será feita "em função de dados concretos" avaliados pelo Governo e dos mercados considerados "estratégicos" para Portugal, explicou ao Negócios.

A proposta final do Orçamento do Estado para 2016 incluía uma verba de 170 milhões de euros destinados à promoção turística, onde se previa a criação de um instrumento de apoio à captação de rotas aéreas e operações turísticas e o desenvolvimento de um projecto de promoção de Portugal como um destino tecnológico ou de "wi-fi".

O novo instrumento chega numa altura em que a estratégia de desenvolvimento de rotas da TAP – companhia de que o Estado detém 50% - tem sido colocada em causa publicamente, sobretudo depois do anúncio da supressão de quatro rotas da empresa no Porto (Milão, Bruxelas, Barcelona e Roma).

As últimas semanas foram marcadas por vários anúncios de novas rotas em aeroportos do país, sobretudo para o Porto. Companhias como a Turkish AirlinesAir AndorraTransaviaBritish Airways e Lufthansa deram a conhecer a criação de ligações a Portugal.

Em entrevista ao Negócios, o presidente do grupo hoteleiro Starwood, Michael Wale, e o presidente da United Investments Portugal, Talal Al-Bahar, defenderam a necessidade de um reforço de companhias do Médio Oriente como a Qatar e Emirates para a captação de turistas. Os responsáveis falavam à margem da apresentação do novo Sheraton Cascais, inaugurado esta quarta-feira, 24 de Fevereiro.

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