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Galamba defende que opinião sobre aeroporto em Santarém não condiciona relatório final

O ministro das Infraestruturas revelou ainda que estão a terminar a avaliação das propostas da ANA de melhorias do aeroporto Humberto Delgado para evitar um verão caótico.

Mariline Alves
Sara Ribeiro sararibeiro@negocios.pt 21 de Junho de 2023 às 11:06

João Galamba descartou qualquer impacto da sua declaração sobre o aeroporto em Santarém ser "longe" de Lisboa nos trabalhos que a comissão técnica independente tem em curso. 


"Não vejo no que as minhas declarações condicionam os trabalhos" da comissão liderada por Rosário Partidário, disse o ministro das Infraestruturas que está a ser ouvido na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.


Respondendo às perguntas de Paulo Rios de Oliveira, do PSD, João Galamba aproveitou para reforçar a ideia que tinha manifestado na terça-feira, na CNN Portugal Summit.


Comentando as possíveis localizações do aeroporto, referiu que a opção de Santarém - promovida por um consórcio privado  que tem Carlos Brazão e o grupo Barraqueiro como promotores - é "longe de Lisboa", estando a 80 quilómetros. "Se acho que a probabilidade é alta? Não, é muito baixa", acrescentou. Uma declaração que gerou várias críticas, incluindo das autarquias da região que têm defendido esta opção.


No Parlamento, voltou a defender a mesma posição, sublinhando que o facto de ser "longe", não significa que a opção esteja já excluída e, muito menos, que a sua opinião tenha condicionado a avaliação da comissão técnica independente que terá que apresentar o relatório final até ao final do ano, devendo o Governo tomar a decisão até ao primeiro semestre de 2024.


"Mas uma coisa posso-lhe garantir", disse, em resposta ao deputado do PSD. "Quando  esse relatório sair, não vai dizer que Santarém é perto de Lisboa", acrescentou.

Mais à frente, questionado novamente sobre o tema que tem dominado a audição, Galamba voltou a explicar que" a distância de 80 quilómetros"é um desafio. Ponto. É objetivo, é factual,  mas isso não significa que não possa haver ali um aeroporto", voltou a explicar. E reforçou que "não houve condicionamento ou desautorização" da sua parte quando fez o comentário na terça-feira.

 

Propostas para evitar verão caótico em análise

 

Logo na sua intervenção inicial, João Galamba sublinhou que o Governo está consciente que  "há problemas a resolver" no setor da aviação e está "empenhado nas soluções", nomeadamente para a melhoria do espaço aeroportuário, destacando que Portela irá "durar sempre mais 10 ou 12 anos em qualquer circunstância". Ou seja, quer seja escolhida uma solução dual ou a construção de raiz de um novo aeroporto na zona de Lisboa.

 

"Considerando a época de verão que agora começa, a ANAC está a trabalhar com os stakeholders de forma a acautelar todas as ações possíveis para garantir o melhoramento operacional do Aeroporto Humberto Delgado no que respeita ao tráfego aéreo e de movimentos, mas também aos passageiros", referiu.

O ministro revelou ainda que estão a "terminar a avaliação das propostas que a ANA Aeroportos apresentou, na sequência da notificação para apresentar o Plano de Investimentos para as melhorias operacionais em Lisboa".

"Este é um desafio complexo. Sabemos que o Aeroporto Humberto Delgado funciona no limite da sua capacidade. E também por isso, qualquer intervenção terá de ser cautelosamente pensada, minimizando impactos e problemas operacionais", destacou.

Nesse sentido, "estamos a trabalhar para que a ANA cumpra as suas obrigações de investimento com a maior brevidade de forma a que o Aeroporto Humberto Delgado dê resposta à procura até que a futura solução aeroportuária esteja definida".

Quanto às medidas de proteção do ruído, adiantou que a ANA irá ainda executar e financiar algumas medidas quanto a recetores sensíveis (nos hospitais e escolas).

 

Ao nível dos Heliportos hospitalares nacionais, "as Áreas Governativas das Infraestruturas e da Saúde formaram um Grupo de Trabalho, que irá fazer o levantamento quer das condições atuais destas infraestruturas, quer também da priorização das ações para a respetiva autorização operacional", adiantou.


(Notícia atualizada às 11h52)

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