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Galamba confirma mais 117 comboios e “pelo menos” uma nova fábrica em Portugal

Sobre os problemas dos serviços de bar, João Galamba disse que estão a aguardar um estudo da CP sobre a proposta de prestação destes serviços a partir de 2024.

Mariline Alves
21 de Junho de 2023 às 13:10
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O ministro das Infraestruturas garantiu que o Executivo está "empenhado em executar obra na ferrovia, o que é facilmente demonstrado pelo aumento do valor de investimento anual". 

Na audição na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, João Galamba detalhou que a estimativa é que a "execução registe um aumento de 40% relativamente a 2022". "São mais 252 milhões de euros em execução", atirou.

E deixou o recado: "Para quem acena com o fantasma de perda de licenciamento e da não execução, podem ficar tranquilos: não corremos esse risco".

"Temos mais de 550 km de linhas ferroviárias em obras, dos quais quase 100 km de nova linha. Isto corresponde a mais de 1.500 milhões de euros de obras em curso nas Linhas do Norte, da Beira Alta, do Oeste, de Évora, de Cascais e do Algarve", resumiu.

O ministro das Infraestruturas sublinhou ainda que no setor da ferrovia "as mudanças não se fazem só nas linhas. As melhorias também estão a ocorrer ao nível do material circulante, com reparação e aquisição de novos comboios".

Neste âmbito, confirmou que a  CP "vai reforçar a oferta com 117 novos comboios, garantindo simultaneamente, pelo menos, uma nova fábrica em Portugal". Recentemente, o Público noticiou que os franceses da Alstom tinham a melhor pontuação no concurso de fornecimento de 117 comboios da CP.

João Galamba aproveitou ainda para destacar os últimos desenvolvimentos para a linha do Douro, que ocorreram nos meses de maio e junho. "Lançámos a empreitada para eletrificação do troço Marco/Régua, com o valor de 118 milhões de euros" e "lançámos o projeto de execução para substituição ou adaptação das pontes metálicas do troço Régua/Pocinho. Foi publicado o anúncio para elaboração do estudo prévio e  o projeto de execução, para reabilitação e reabertura do troço Pocinho/Barca D’Alva, para a total integração na Rede Ferroviária Nacional".

"E este é apenas um exemplo no nosso compromisso alargado: toda a rede ferroviária será eletrificada ainda nesta década", destacou.

Governo aguarda estudo da CP sobre serviço de bar

Na sua intervenção, o ministro sublinhou ainda que "a linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa será o maior projeto de infraestruturas no nosso país. Esta será a mais importante alteração estrutural da nossa rede ferroviária, mantendo-se o planeado", reforçou, lembrando que "este Governo está, pela primeira vez, a desenvolver um Plano Ferroviário Nacional, definindo a rede que serve as necessidades do país". 

João Galamba quis ainda deixar uma palavra para os trabalhadores da CP que têm estado em greve: "Reforço a mensagem de total disponibilidade do nosso lado para o diálogo, para juntos encontrarmos consensos e avançar com a prestação de serviços de qualidade aos passageiros".

"Recordo que na CP, dos 16 sindicatos, fecharam-se as negociações com 15, num processo que esta área governativa acompanhou quer junto das tuteladas, no âmbito da negociação coletiva, quer através da intervenção direta com os sindicatos", referiu.

Galamba fez questão ainda de recordar o caso particular dos trabalhadores dos bares dos comboios. "Não estivemos apenas solidários com estes trabalhadores e as suas famílias, empenhámo-nos mesmo em resolver o problema causado pela empresa que operava os bares". 

"A CP resolveu o contrato com a empresa e celebrou, ainda em abril, um novo contrato com outra empresa, para prestação de serviços de cafetaria e bar nos comboios de longo curso até final deste ano. Um contrato que assegura o serviço e garante os direitos dos trabalhadores. Estes trabalhadores, com quem sempre estivemos solidários, receberam em maio último a totalidade dos vencimentos em atraso. Aguardamos agora um estudo da CP sobre a proposta de prestação destes serviços a partir de 2024", concluiu.

O serviço de bar e cafetaria a bordo dos comboios alfa pendular e intercidades voltou depois a estar disponível desde o passado dia 4 de maio, depois de os trabalhadores terem recebido os salários em atraso. 


Em comunicado, enviado no inicio de maio, a CP sublinhou que a retoma deste serviço surgiu após a celebração do contrato com a Newrail, o novo prestador de serviços de cafetaria nos comboios.

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